sábado, 20 de julho de 2019

«Por proposta do PCP, foi aprovada a Declaração da atribuição de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura como meta a atingir no sentido da democratização cultural. A aprovação desta importante proposta é a prova que a luta vale a pena, é a prova que as múltiplas ações de luta que ocorreram nos últimos anos, a que podemos salientar a grande manifestação de 6 de abril de 2018, valem a pena»



 Da informação recebida do Chefe de Gabinete do Grupo Parlamentar do PCP:

«Por proposta do PCP, foi hoje aprovada a Declaração da atribuição de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura como meta a atingir no sentido da democratização cultural.  A aprovação desta importante proposta é a prova que a luta vale a pena, é a prova que as múltiplas ações de luta que ocorreram nos últimos anos, a que podemos salientar a grande manifestação de 6 de abril de 2018, valem a pena.

 A aparente “falta de política para a Cultura” é uma opção política – e é uma opção da política de direita. Foi o que sucessivos governos aplicaram ao longo de anos: desinvestimento e ataque às funções constitucionais do Estado; abandono de qualquer elemento de serviço público; esvaziamento da diversidade e destruição do tecido cultural; privatização, mercadorização e mercantilização.

 Todos estes elementos são traços das políticas seguidas e demonstram a necessidade de uma rutura com esta política, particularmente exigindo a estruturação de um Serviço Público de Cultura e um aumento orçamental significativo, atingindo o objetivo mínimo de 1% do OE, condições para uma outra política de criação e democratização cultural, de afirmação da soberania e da identidade nacional, de respeito e valorização dos trabalhadores da cultura.

 A existência de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura como uma meta que deve ser alcançada a breve trecho, é necessária para que seja possível a estruturação de um verdadeiro Serviço Público de Cultura em todo o território nacional. Um Serviço Público de Cultura que garanta o acesso de todos, em todo o território nacional, à experiência da criação e da fruição cultural e artística, com especial enfoque na componente de acesso às formas, meios e instrumentos de criação.

 A consagração de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura é urgente para:

- Combater a precariedade

- Contratar, com vínculo estável, os trabalhadores em falta para os vários organismos públicos da  Cultura;

- Valorizar salários e reduzir os horários de trabalho;

- Aumentar os apoios públicos às Artes;

- Recuperar, salvaguardar, conservar, estudar e divulgar o Património Cultural;

- Desenvolver a criação cinematográfica

- Aumentar os apoios à criação literária;

- Promover o Livro e a Leitura;

- Salvaguardar o carácter integralmente público dos vários organismos sob tutela ministerial;

- Defender e promover a Cultura Popular e tradicional e o movimento associativo popular;

- Garantir o acesso de todos a toda a cultura.

Agora é continuar e reforçar a luta não esquecendo a responsabilidade dos próximos Governos de respeitar esta Declaração e levá-la à prática». 
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 Tendo como fonte a Comunicação Social :« A declaração da atribuição de 1% do Orçamento do Estado para a Cultura foi aprovada esta sexta-feira na Assembleia da República, com a abstenção do PSD e do CDS-PP».

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