«(...) No mundo novo de ficção científica em que estamos a entrar, teremos em breve algoritmos de aprendizagem automática que escrevem os seus próprios códigos, redes neurais artificiais com capacidades sinápticas que um dia igualarão as dos humanos, programas de IA que detetam cancro em fases precoces, tradutores intérpretes automáticos, escritores virtuais de narrativas ou anúncios, e estrategos militares cibernéticos de segurança e defesa. Será um choque com impactos civilizacionais, talvez maior do que a invenção da imprensa, que conduziu ao Iluminismo e ao desenvolvimento da razão e da ciência. Resta saber quem serão os Descartes ou o Kant que nos ajudarão a pensar esta época pós-humana. Quem pensa logo existe? Ou o pensamento deixará de ser um exclusivo humano, para ficarmos apenas com o “sentir” e a consciência de si? Perante os desempenhos da IA, “a razão humana pode vir a parecer arcaica”, escrevem os autores. (...)». Expresso 27NOv2021 - Vítor Matos
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