É do artigo de opinião da imagem, no semanário Expresso desta semana, este excerto:
«(...)No fundo, o país resignou-se a uma mediocridade com alguma segurança, se bem que, mais tarde ou mais cedo, essa mediocridade, como sempre aconteceu nas últimas décadas, nos volte a trazer insegurança económica e social.
Parece que essa mediocridade se transformou na nossa ambição. No último artigo alertei para o risco de se normalizarem péssimas práticas políticas. Essa mediocridade na política, que alguns também querem transformar na medida da nossa ambição, não é apenas simétrica da mediocridade económica e social, elas estão relacionadas. A mediocridade política não reduz apenas a confiança no sistema político e no Estado por parte dos cidadãos (como o recente European Social Survey confirma). Essa mediocridade reflete-se em más instituições e processos de decisão. E estes explicam boa parte das más políticas públicas que nos conduziram à mediocridade económica e social. Precisamos de uma ambição diferente e de não nos resignarmos a esta mediocridade».
Na nossa leitura é um artigo forte - se puder não perca na integra - e, como as palavras contam, a escolha de «mediocridade», desde logo, na nossa leitura, revela coragem, conhecimento, e fundamentalmente honestidade intelectual. Contudo, a nosso ver, seria útil inventariar quem tem denunciado essa mediocridade decorrente dessa falta de ambição, ou vice-versa, de forma continuada, permanente e sistemática. Estamos certos que entre eles se vão encontrar HOMENS E MULHERES da CULTURA E DAS ARTES, individualmente, ou em movimentos (frágeis, é certo), contra todas as dificuldades que se vivem no sector ... Não se resignam. Denunciam o fraco investimento que vai para o Serviço Público de Cultura bem como a falta de atenção para com as designadas Indústrias Culturais e Criativas. Os decisores parecem desconhecer a força da Cultura e das Artes no Desenvolvimento Sustentável. E apetece-nos lembrar este post:
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