quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

A CASA DA MÚSICA QUE O GOVERNO NOS DEIXA ...| ilustra bem a fragilidade alargada do setor da cultura | CENA-STE QUER CONHECER O RELATÓRIO DO GRUPO DE REFLEXÃO

 

 
 
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e do trabalho do jornal  PÚBLICO:
 
«Sindicato exige acesso ao relatório do grupo de reflexão da Casa da Música | Ministro da Cultura e presidente do Conselho de Fundadores instados a partilhar conclusões que podem ter consequências para os trabalhadores da instituição, como  ||os membros da Orquestra Sinfónica. | 

«(...)O grupo de reflexão foi criado há cerca de um ano por exigência de Adão e Silva para repensar a governação e a missão artística da Casa da Música. Em Novembro, o PÚBLICO apurou que entre as suas recomendações chegou a constar a ideia de que o presidente da administração passasse a ser nomeado pelo Governo e que fossem os privados a escolher uma nova comissão executiva. Na mesma altura, o músico e compositor Mário Barreiros, que preside ao grupo, sublinhou que o grande problema da instituição “é financeiro” e que apesar da reposição dos dez milhões de euros de dotação do Estado, os privados e alguns fundadores não mostram margem para aumentar a sua participação. (...)».

 

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Sobre a CASA DA MÚSICA revisitemos posts anteriores:
 
  •  SOBRE OS CORTES À CASA DA MÚSICA. E deste post desde já esta passagem: «O musicólogo e ex-secretário de Estado da Cultura Rui Vieira Nery acha que “seria trágico, para a vida cultural portuguesa, se o projecto da Casa da Música viesse a abortar”, e defende que se trata de um projecto com uma dimensão que “transcende a margem de decisão” do secretário de Estado. “Esta é uma matéria que, pela sua gravidade política, tem de ser decidida ao mais alto nível, ao nível do primeiro-ministro, que tem a tutela da Cultura”. Lembra ainda que a Casa da Música foi sempre “um projecto consensual em termos político-partidários e que “seria muito mau quebrar agora esse consenso por causa de verbas que, em termos macroeconómicos, são irrelevantes”.Nery deixa ainda um aviso: “A Casa da Música é hoje um organismo integrado numa rede internacional de primeira grandeza, algo que deu muito trabalho a construir e que pode ser facilmente destruído por um golpe súbito.” Para manter a posição que alcançou, argumenta, a instituição “não pode estar sujeita a estas estratégias de stop and go”, já que, se começar “a cancelar compromissos assumidos internacionalmente, perde rapidamente toda a credibilidade e será muito difícil conseguir recuperá-la”. (...)».
Também uma boa ocasião para  os descrentes repararem que um SERVIÇO PÚBLICO não pode estar dependente dos «humores» do mecenato e afins. Veja-se o que se pode ler no trabalho do jornal PÚBLICO:«os privados e alguns fundadores não mostram margem para aumentar a sua participação». Venham «todos os mecenatos» mas deles não  pode depender o ESSENCIAL. Do mecenato espera-se que  incremente, qualifique. Leve à excelência e além dela ...
  
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E aproveitemos para reparar nisto: na Casa da Música já houve a reposição dos cortes, e a ainda bem. Mas parece que o Senhor Ministro da Cultura vai deixar -nos sem nos dizer se isso já aconteceu em todas as situações. Expliquemo-nos: na esfera dos FINANCIAMENTOS  ATRAVÉS   DA DGARTES já houve a reposição dos valores antes da TROIKA? A todos os casos? Que saibamos não, nem isso tão-pouco terá sido considerado, estudado... E pode crer, Senhor Ministro, é um erro crasso ... Mas o Senhor Governante vive sob a tirania dos concursos, onde há «tratamento cego»: tratamento igual para o que é diferente, e sempre a partir do zero ... Tenhamos esperança que nos próximos tempos haja lugar a DIAGNÓSTICOS DIGNOS DESSE NOME que certamente levarão a MEDIDAS IMEDIATAS para se estancar a situação miserável em que se encontra o SETOR, e a medidas de fundo porque a CULTURA E  AS ARTES são componentes de corpo inteiro do DESENVOLVIMENTO - SUSTENTÁVEL como agora se designa.
 
 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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