terça-feira, 13 de maio de 2014

INDÚSTRIA É INDÚSTRIA | As Industrias Criativas nos EUA



Já deu para entender que para muitos, cá pela Europa, «tudo é CULTURA».  E desta forma arrumam discussões sérias, nomeadamente sobre o SERVIÇO PÚBLICO EM CULTURA. Mas também, bem vistas as coisas, nem sequer favorecem o discurso  na perspectiva da indústria, ela mesma, ao quererem meter tudo num grande caldeirão. Voltamos a pensar nisto ao vermos no site da Americans for the Arts (renovado) esta definição:
«Defining the Creative Industries
We have taken a conservative approach to defining the Creative Industries by focusing solely on businesses involved in the production or distribution of the arts. For the purposes of this study, the Creative Industries are composed of arts-centric businesses that range from nonprofit museums, symphonies, and theaters to for-profit film, architecture, and advertising companies. We have guarded against overstatement of the sector by excluding industries such as computer programming and scientific research—both creative, but not focused on the arts».
Ilustração:
Common SIC Codes for Nonprofit Arts Organizations
view a complete list (PDF, 153 KB)
Organization Type
8-Digit SIC Code
Arts Council
86999902
Government Agency (e.g., Department of Cultural Affairs) (same SIC code as Arts Council)
86999902
Museum
84129902
Arts or Science Center
84120102
Art Gallery, non-commercial
84120101
Art School, non-commercial
82990101
Symphony Orchestra
79290111
Summer Theater
79220306
Opera Company
79220303
Theatrical Company
79220300
Performing Arts Center Production
79220203
Community Theater Production
79220202
Ballet Production
79220201
Dance Studios, Schools, and Halls
79110000
Theater Building, ownership and operation
65120302
Pois é,  gosto daquela abordagem «com fins lucrativos»/«sem fins lucrativos», «comercial/não comercial», «estatal/mercado». Separar águas é preciso, e possível. Mesmo que não propusesse as escolhas feitas.  E revejo-me em estudos em que todos participam, e que se inserem em processos que querem levar à disponibilização de informação em tempo real e online. Há que democratizar o acesso aos dados e à informação porque sem isso o conhecimento fica distante. Individual e coletivo. E por esta via a criatividade e a inovação serão apropriadas apenas por alguns. E isto contraria o desenvolvimento, e torna as sociedades mais desiguais.

 
Em sintese, a obscuridade  atravessa o setor das artes e da cultura  em muitos espaços do velho continente: estudos muito complexos, pontuais, para especialistas e académicos, distantes dos que deviam ser os seus primeiros destinatários. Quando acabam já estão desatualizadaos, e não resistem a comparações das mais elementares.  
E talvez  este até pudesse ser tema para a Campanha Eleitoral em curso.

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