quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

COMO MEDIR O INTERESSE PELA CULTURA ?

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 Repare-se na passagem da notícia da imagem:  «Uma coisa é o que gostaríamos de poder  fazer. Outra coisa é o que estamos em condições de fazer, dada a situação financeira do país». Estamos a ver mal ou esta é a nova versão do «que parte é que não entende, não há dinheiro», amplamente utilizada pelo Secretário de Estado da Cultura lá pelos anos idos de 2011/2012 ?
Tendo como bom o que está no Programa do Governo e nos Programas Eleitorais dos Partidos que apoiam a solução governativa na Assembleia da República, é óbvio que não se pode ficar por isto. Apetece dizer, vá lá, desde logo,  lembrem-se da inteligência das pessoas! E  dos efeitos multiplicadores da cultura na economia, e do papel da cultura na inovação e nos inovadores. E na qualidade de vida dos cidadãos, afinal fim último de tudo. E bem vistas as coisas, estamos a falar de valores que no computo geral do OE são «mínimos».  Parece que temos mesmo de arranjar uma «medida»  para se decidir sobre estas questões. E os factos são os factos que a Plataforma Cultura em Luta tem bem equacionados que podem ser avaliados  por este excerto do artigo do JN de hoje:
  «(...)
Minutos antes, Pedro Penilo. artista plástico e membro do grupo de coordenação da plataforma Cultura em Luta, tinha explicado ao IN que o objetivo daquela manifestação era "tomar uma posição pública sobre política cultural, no que diz respeito a todas as áreas do se- - tor, tanto do ponto de vista dos utentes como dos seus trabalhadores". A plataforma, que congregou até agora 57 organizações de diferentes esferas da Cultura, diz que se "sente comprometida com este novo quadro político, na medida em que ele gera expectativas de viragem e poderia, por isso, pôr fim a politica de subfinanciamento do setor. O problema. sublinha Pedro Penilo  "é que, conhecidos os contornos da proposta do Governo de OE, e cruzando a primeira análise desses dados com o Programa do Governo, percebermos que não se inverte o rumo ruinoso para a Cultura. É uma oportunidade perdida". Os números apresentados pelo Governo PS para o setor mostraram-se bastante distantes do objetivo preconizado pela plataforma - 418 milhões de euros, menos de 0.5% do OE. "Classificamos isto como uma oportunidade perdida mas, com o este novo ato público frente à AR, exercemos o nosso direito de cidadania", reforçou Pedro Penilo. 
 No manifesto agora relançado, a plataforma distingue. na sua reivindicação, "1% do OE como patamar mínimo: 1% do PIB como patamar a alcançar gradualmente". Pedro Penilo realça que o montante anunciado para a Cultura diz respeito a 'um ministério que tem um orçamento igual à anterior Secretaria de Estado da Cultura". E lamenta que. "apesar da criação de um ministério, a sua autonomia não esteja salvaguardada quando se diz que é preciso ir buscar dinheiro ao turismo e à restauração, por exemplo". (...).

A coisa está fusca, temos de acreditar no que Deputados/as dizem e que na discussão na especialidade as coisas ainda se podem inverter. Doutra forma, nada parece fazer sentido. Sinais:
 
no Jornal de Noticias de 24 FEV 2016
 

E quem sabe poderiam comunicar «às massas» qual a estratégia que vão seguir, e qual o ponto de partida das «reivindicações». Nomeadamente no que diz respeito aos Apoios às Artes através da DGARTES - é que há agentes culturais que não param de contactar o Elitário Para Todos para insistirmos nisso. E também podiam jogar com o cruzamento das verbas nacionais com as comunitárias. Estes são assim a modo que os nossos «palpites», e com eles dar voz a quem não tem já ânimo para nada ... Não, ainda não dizem que «são todos iguais», mas andam por lá ...

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