"Transfiguração" (det.) | Rafael | Museus do Vaticano |
«(...)
Será sugestivo falar de arte contemporânea
na Sala de Rafael porque devemos perguntar-nos o que era a arte para quem
encomendava aquelas obras-primas. Para Leão X, que quis as tapeçarias para a
Capela Sistina, para o cardeal Giuliano de Medici, que comissionou a Rafael o
quadro talvez mais belo do mundo, com Cristo que resplandece como o sol do
meio-dia sobre a obra em negro, quase pré-Caravaggio, das mulheres e dos homens
que se agitam desesperados em busca de uma salvação que só o Transfigurado pode
dar.
Para aqueles adjudicadores, a arte era
espanto e emoção, era tornar visível a história, o milagre, o prodígio, era
prazer dos sentidos, era admiração pelos recursos artísticos que conseguem
tornar o tecido mimético da pintura e o pôr do sol por trás do monte Tabor da
"Transfiguração" mais verdadeiro do que qualquer pôr do sol que aos
olhos humanos em vida seja dado a ver. Naturalmente, para aqueles homens a arte
era também orgulho da função, de classe, era o modo de afirmar um primado. (...)». Leia na integra.
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