A entrevista já tem uns dias mas continua atual:
“Lutamos por manter o Museu de Arte Popular de portas abertas”
Aberto desde final de 2016, após anos de encerramento, o Museu de Arte Popular continua em risco. Quem o diz é Paulo Costa, diretor deste museu – e do Museu Nacional de Etnologia – que falou à DN Ócio, à margem do Summer Camp de cestaria, com que jovens e artesãos procuram um novo fôlego nesta arte tradicional ameaçada. Diz esperar que a nova lei da autonomia dos museus reponha um atraso orçamental de duas décadas e que permita contratar pessoal: deviam ser o triplo.
Entrevista de Marina Almeida | Fotografias de Orlando Almeida (Global Imagens)
Qual a importância de uma iniciativa como a Summer School de cestaria, que decorre no Museu de Arte Popular ao longo de três semanas?
Vejo com todo o interesse, com todo o entusiasmo, como todos os jovens e menos jovens que são os artesãos que estão aqui. Acho que é uma excelente iniciativa de cruzar tradição e inovação, de colocar em diálogo artesãos e jovens de vários países da Europa a trabalhar com uma tecnologia portuguesa da cestaria, trazendo uma tecnologia tradicional para novos usos, para novas ideias, para novas funções. Acho que é uma iniciativa muito importante porque traduz não só a parceria estabelecida com a Michelangelo Foundation, com a tutela, o Ministério da Cultura, com a Direção Geral de Património Cultural, que financiou esta iniciativa em conjunto com a Fundação Michelangelo, e portanto estamos muito orgulhosos por acolher esta escola de verão, esperando que iniciativas similares se possam repetir.
Vejo com todo o interesse, com todo o entusiasmo, como todos os jovens e menos jovens que são os artesãos que estão aqui. Acho que é uma excelente iniciativa de cruzar tradição e inovação, de colocar em diálogo artesãos e jovens de vários países da Europa a trabalhar com uma tecnologia portuguesa da cestaria, trazendo uma tecnologia tradicional para novos usos, para novas ideias, para novas funções. Acho que é uma iniciativa muito importante porque traduz não só a parceria estabelecida com a Michelangelo Foundation, com a tutela, o Ministério da Cultura, com a Direção Geral de Património Cultural, que financiou esta iniciativa em conjunto com a Fundação Michelangelo, e portanto estamos muito orgulhosos por acolher esta escola de verão, esperando que iniciativas similares se possam repetir.
E que ajudem a dar visibilidade ao Museu de Arte Popular e ao de Etnologia…
Sim. Eu considero que este tipo de iniciativas em torno do artesanato deve ser focalizado aqui no Museu de Arte Popular. Entendo também que não devem esgotar-se estas iniciativas em si próprias. Devo recordar que esta iniciativa foi suscitada porque o museu se encontra a organizar uma exposição em torno das coleções de cestaria do Museu de Arte Popular (MAP) e do Museu Nacional de Etnologia. É neste âmbito que estamos a trabalhar desde janeiro de 2018 com a [associação] Passa ao Futuro, que assegura a parte da curadoria desta exposição em conjunto com o museu, naturalmente, e foi deste processo, deste estudo da coleção que nasceu este encontro com a Fundação Michelangelo e a ideia de se fazer esta escola de verão.
Sim. Eu considero que este tipo de iniciativas em torno do artesanato deve ser focalizado aqui no Museu de Arte Popular. Entendo também que não devem esgotar-se estas iniciativas em si próprias. Devo recordar que esta iniciativa foi suscitada porque o museu se encontra a organizar uma exposição em torno das coleções de cestaria do Museu de Arte Popular (MAP) e do Museu Nacional de Etnologia. É neste âmbito que estamos a trabalhar desde janeiro de 2018 com a [associação] Passa ao Futuro, que assegura a parte da curadoria desta exposição em conjunto com o museu, naturalmente, e foi deste processo, deste estudo da coleção que nasceu este encontro com a Fundação Michelangelo e a ideia de se fazer esta escola de verão.
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