Saiu no jornal SOL dois dias antes das eleições, e começa assim: Falar de cultura numa campanha eleitoral, e num momento em que é a economia que conta, parece bizarro. Mas a proposta do PSD de acabar com o Ministério da Cultura, e entregar a pasta ao gabinete do primeiro-ministro, desviou por momentos a atenção da catástrofe económica eminente.
Intelectuais juntaram-se em vários fóruns e num pequeno-almoço com Sócrates para defender o ameaçado Palácio da Ajuda e lutar contra «o retrocesso civilizacional» que não ter um titular no Conselho de Ministros representa.
O SOL pediu aos porta-voz dos vários partidos para a área que respondessem a perguntas concretas. Publicamos aqui a versão integral das respostas - os resumos estão hoje, com o SOL, nas bancas. Pode continuar a ler aqui.
Alguns dirão que já não se justificaria trazer o assunto para este blogue. Não penso assim, o estado a que se chegou na cultura e nas artes tem culpados vários, e sair dele vai depender também da qualidade da oposição, da competência dos jornalistas, da reflexão produzida pelo sector, da ... E o que se regista no artigo é bem revelador do estado em que nos encontramos. É claro que o País não tem que partir para uma mudança apenas com isto, mas também partimos com isto. E com outras perguntas que têm de ser feitas: qual o conceito de serviço público na cultura e nas artes que devemos seguir? Que intervenção na cultura e nas artes que operam no mundo dos negócios? Como é que o profissional e o amador se devem reflectir nas políticas públicas? O que incluir na descentralização e na desconcentração na esfera das artes? Como operacionalizar a transversalidade dentro do próprio organismo que na orgânica do governo se ocupe da cultura? Como nos centrarmos no que é próprio da cultura e das artes e mostrarmos que não favorece ninguém chegar lá apenas pela via económica? ... É minha convicção que sem ideias claras, sem ideias centrais, estruturantes, de fundo, não iremos longe. O resto, o que geralmente se discute é mais «como fazer», acreditando muitos que através da prática se leva a «água ao moinho», sorrateiramente, por vezes. Como se um Plano de Desenvolvimento a prazo, com visão, mobilizador, não fosse necessário. Aqui valia a pena olhar para os outros. Não nos encontramos onde estamos por acaso e, se o momento é de crise, conviria fazermos as coisas «como vem nos manuais». Ou seja, com conhecimento.
Intelectuais juntaram-se em vários fóruns e num pequeno-almoço com Sócrates para defender o ameaçado Palácio da Ajuda e lutar contra «o retrocesso civilizacional» que não ter um titular no Conselho de Ministros representa.
O SOL pediu aos porta-voz dos vários partidos para a área que respondessem a perguntas concretas. Publicamos aqui a versão integral das respostas - os resumos estão hoje, com o SOL, nas bancas. Pode continuar a ler aqui.
Alguns dirão que já não se justificaria trazer o assunto para este blogue. Não penso assim, o estado a que se chegou na cultura e nas artes tem culpados vários, e sair dele vai depender também da qualidade da oposição, da competência dos jornalistas, da reflexão produzida pelo sector, da ... E o que se regista no artigo é bem revelador do estado em que nos encontramos. É claro que o País não tem que partir para uma mudança apenas com isto, mas também partimos com isto. E com outras perguntas que têm de ser feitas: qual o conceito de serviço público na cultura e nas artes que devemos seguir? Que intervenção na cultura e nas artes que operam no mundo dos negócios? Como é que o profissional e o amador se devem reflectir nas políticas públicas? O que incluir na descentralização e na desconcentração na esfera das artes? Como operacionalizar a transversalidade dentro do próprio organismo que na orgânica do governo se ocupe da cultura? Como nos centrarmos no que é próprio da cultura e das artes e mostrarmos que não favorece ninguém chegar lá apenas pela via económica? ... É minha convicção que sem ideias claras, sem ideias centrais, estruturantes, de fundo, não iremos longe. O resto, o que geralmente se discute é mais «como fazer», acreditando muitos que através da prática se leva a «água ao moinho», sorrateiramente, por vezes. Como se um Plano de Desenvolvimento a prazo, com visão, mobilizador, não fosse necessário. Aqui valia a pena olhar para os outros. Não nos encontramos onde estamos por acaso e, se o momento é de crise, conviria fazermos as coisas «como vem nos manuais». Ou seja, com conhecimento.
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