domingo, 19 de junho de 2011

POLÍTICAS PÚBICAS: a questão

Foi o texto seguinte no JN que me levou à iniciativa divulgada na imagem. Vamos então à notícia com o sublinhado a vermelho da minha responsabilidade:
Perda de Ministério da Cultura abala indústria criativa
Secretária de Estado, Brasil
A responsável pela recém-criada brasileira Secretaria de Estado da Economia Criativa lamentou a decisão do Governo português de despromover a Cultura de Ministério a Secretaria de Estado, ontem oficializada, com a divulgação da composição do Governo.
Durante o segundo dia de Portugal Criativo@Porto 2011, Cláudia Leitão defendeu "haver uma ligação directa entre a institucionalização", ou seja, o peso institucional de uma certa entidade, "e a capacidade para definir políticas". "Vivemos no mundo das marcas enquanto criação de valor, do intangível, negar a sua existência é um erro. E perder o ministério é simbólico", afirmou, ao JN. À cultura, um dos pilares da criatividade no qual a Região Norte espera conseguir assentar boa parte do seu desenvolvimento, Cláudia Leitão reserva um papel de destaque. "A cultura não é a cereja em cima do bolo, não é parte da cobertura; é o trigo que faz a massa", afirmou a responsável brasileira, no segundo e último dia do congresso que trouxe ao Porto vários responsáveis nacionais e internacionais das indústrias criativas.
No Brasil, a Secretaria de Estado está a dar os primeiros passos na definição do seu papel. Quando apurar exactamente o que existe nas indústrias criativas, conseguirá definir políticas e formas de financiamento para fomentar o aparecimento de projectos criativos. A terceira vertente da estratégia passa pela educação, para que as escolas deixem de limitar a criatividade e passem, ao invés, a incentivá-la; e a última será a montagem de um esquema de produção, distribuição e consumo de bens e serviços culturais. Cláudia Leitão põe as políticas públicas no centro do desenvolvimento das indústrias criativas, mas elogiou o que se passa no Porto. "Vejo com alegria que a cidade está buscando alternativas, que está acordada para o século XXI", apesar da crise económica e o alto desemprego.  (...)».
De facto, a observação da Secretária de Estado Brasileira despertou-me logo interesse porque é por esta via que o assunto me mobiliza, mas, infelizmente, do meu ponto de vista, tenho verificado que, mesmo quando são politicos, não é esta a óptica que marca o tratamento do tema no nosso Páis. E depois não resisti a procurar mais no Ministério da Cultura do Brasil.  E podemos ler:O Ministério da Cultura, por intermédio da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, da Diretoria de Gestão Interna, realizará, no dia 28, no Teatro Universa (SGAN/609, módulo A), o Seminário de Economia Criativa: uma estratégia de desenvolvimento econômico-sociocultural sustentável. O evento, que contará com a participação da ministra Ana de Hollanda, é dirigido aos servidores do Sistema MinC e convidados do setor de cultura e da área acadêmica e tem por finalidade enriquecer o debate sobre o papel do setor cultural no projeto de desenvolvimento econômico-sociocultural sustentável do Brasil. Mais aqui. Pois é, isto é outra coisa. Agora que estamos em início de ciclo será que não poderiamos aprender com quem faz melhor? 

 

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