«(...) a Associação Portuguesa de Realizadores (APR) rejeita "com veemência esta proposta de regulamentação da nova Lei do Cinema" e exige a regularização dos concursos. "Como há mais de um ano o cinema português está paralisado, exigimos [...] que sejam imediatamente regularizados os concursos públicos anteriores já aprovados, e que se abram imediatamente os novos concursos de 2013 previstos na Lei".
Defendem os realizadores que "os critérios de seleção dos projetos a apoiar devem incidir, maioritariamente, na sua qualidade e consistência, no currículo do realizador e na afirmação da identidade do cinema português, e nunca em valorações de bilheteira, planos de promoção e contratos de pré-aquisição". "Há muito que defendemos uma relação direta custo/receita dos projetos e não uma valoração que só tem em conta os números da exibição ou transmissão televisiva", lê-se no mesmo comunicado.
A APR critica a Secção Especializada de Cinema e Audiovisual, no Conselho Nacional de Cultura, da qual a APR não faz parte, mas que considera as personalidades que a constituem, "demasiado numerosas e de interesses contraditórios, para uma decisão coerente sobre o cinema". Justifica a APR esta qualificação, pelo facto de estas personalidades terem sido "nomeadas pelo diretor do Instituto do Cinema e do Audiovisual, e não eleitas pelas respetivas associações, que nem sequer foram consultadas".
"Defensores da transparência e do rigor orçamental dos nossos projetos, não podemos aceitar um controle burocrático e corporativo desmedido que condicione a criação artística", escrevem os realizadores para frisarem em seguida: "O cinema português sempre se pautou pela independência, inovação e criatividade". Assumidos estes princípios, a APR defende que a "secção especializada não pode definir uma visão estratégica de investimento, mas sim promover a igualdade justa e democrática de acesso aos apoios ao cinema". (...)». Continue no DN online. E veja o comunicado no site da Associação dos Realizadores.
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