quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

DIRETOR ARTÍSTICO DO TEATRO SÃO CARLOS | Como diz o humorista «não havia necessidade ...»


Paolo Pinamonti estava vinculado ao São Carlos desde 1 de janeiro, mas a sua situação fiscal, dívidas à Segurança Social no valor de 14 mil euros, por resolver até outubro, impediu-o de assinar contrato com a entidade que administra aquele teatro /  Nuno Botelho
A notícia de ontem: 

Paolo Pinamonti demite-se do São Carlos



A lei espanhola ditou o destino do conselheiro artístico do Teatro Nacional de São Carlos. O musicólogo italiano acumulava o cargo com o de diretor do Teatro de La Zarzuela, em Madrid, o que em Espanha é considerado incompatível. Continue a ler.

E qual será a surpresa? Nenhuma, apenas um certo embaraço, serem outros a dizerem-nos o que devia ser óbvio para quem nos governa do topo à base. E é evidente que a limitação jurídica apenas dá corpo ao que é eminentemente artístico relacionado com a identidade de um Teatro. E é quase do domínio do senso comum. Mais: o Teatro de La Zarzuela pratica o que está estipulado (não o devem ter revogado)  também para o Teatro de São Carlos (ver imagem abaixo), ou seja, o que é incompatível em Espanha também o é em Portugal. Melhor,  é regra por esse mundo fora.
E o fundo da questão: um Consultor não pode substituir um Diretor Artístico ... e um Diretor Artístico  não o pode ser em «outsourcing» e em «part-time»  ... Pois é, podiam-nos poupar  a estas cenas, também elas reveladoras da situação a que a Cultura chegou no nosso País pelo lado institucional. Há também por aqui «um chico-espertismo» que causa, no mínimo, desconforto, mas chega à náusea. E claro, custa ver pessoas que nos habituamos a admirar metidas nestes enredos. Pois é, «não se pode montar dois cavalos ao mesmo tempo».
 

Sem comentários:

Enviar um comentário