sábado, 20 de dezembro de 2014

« (...) não fechem os olhos para a tragédia que é a cultura em Portugal!»



New places, old bones, de São Trindade. Navegar é preciso, “Fernão de Magalhães”, Stefan Zweig (adaptação).
(Destaque nosso) 
 «Desde a sua abertura o Edifício Transboavista tem sido um espaço inovador e influente na cena artística contemporânea, estruturando-se constantemente a um elevado nível nacional e internacional, de maneira a fazer chegar a arte à sociedade.
Em 2015, no âmbito da dinâmica global da arte contemporânea de trocas artísticas internacionais, a Plataforma Revólver tem o privilégio de anunciar que foi um dos premiados do Institut Français de Paris para uma coprodução Franco-Portuguesa, destinada a promover um projecto de exposição internacional no Transboavista, em Lisboa. Paralelamente, o Governo de Espanha convidou a Plataforma Revólver para comissariar e organizar a Mostra Espanha 2015 de arte contemporânea, que acontecerá no próximo ano em Portugal!
Mais do que nunca, a arte (sinónimo de cultura) deve estar no centro das nossas preocupações: neste preciso momento – e não nos parece difícil de generalizar -, na cultura em Portugal nada é realmente sustentável! A produção de arte contemporânea especialmente, está a desvanecer-se; é verdade, estamos mais periféricos e este retrocesso face ao centro é assustador e perigoso. Mas, à actual precariedade segue-se a DGArtes: porque a Direção Geral das Artes não tem nenhuma ideia (mesmo aproximada) sobre arte contemporânea, nem sabe reconhecer o que tem valor e o que não tem. A arte contemporânea significa um profundo buraco negro para a DGArtes; do qual só poderá sair através do conhecimento artístico e da percepção da história; não dependerá apenas do reforço essencial do seu orçamento!
Em 2015, não fechem os olhos para a tragédia que é a cultura em Portugal! E se queremos ser capazes de construir uma sociedade verdadeiramente moderna, mais livre e mais justa, teremos que saber reconhecer o que é importante; atrair conhecimento, criatividade, produzir cultura artística. Nada se encontra mais dentro da realidade que a cultura; e se o papel da cultura se perde, o que a substituirá? Mais precariedade e mais pobreza. Não há outra verdade!». Continue a ler.

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