A «Colecção SEC» que anda nas bocas do mundo, a propósito da exposição para assinalar a ampliação do Museu do Chiado, deve ter levado a que trabalhadores da então Secretaria de Estado da Cultura, ainda em actividade ou já aposentados, revisitassem o passado. Nomeadamente, regressassem ao VERÃO QUENTE DE 1975. A nós aconteceu-nos. E disso três pequenas notas, que procuramos documentar - a memória é traiçoeira:
- Sobre quem iniciou a Colecção, não vimos referido o nome de LISA SANTOS SILVA e, curiosamente, ao pensarmos no assunto é dos primeiros nomes que nos vêm à memória, não só para a «Colecção» como para tanto mais ... Helder Macedo no Encontro «O Estado das Artes| As Artes e o Estado» que teve lugar entre 19 e 21 de Abril de 2001, no Centro Cultural de Belém, menciona a Pintora - (ver a imagem acima que é um excerto das actas do encontro).
- Por várias vezes temos visto fazer coincidir o início da colecção com o início da Secretaria de Estado da Cultura, e dizendo-se que esta foi criada em 1976. Todavia, neste contexto, a SEC «nasceu» em 1975 - a 2 de Agosto - através do diploma seguinte:
- Para potenciais investigadores, lembremos quando a Cultura foi considerada no PIDDAC/ Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central - (e que festa fizemos quando isso aconteceu pele primeira vez) - e talvez fosse interessante ver em sede de Orçamento de Estado como é que a colecção foi justificada ao longo dos anos.
E voltemos ao VERÃO QUENTE, e olhando para estes pequenos apontamentos: mas que coisas «quentes», certamente, mas também «boas», propiciou! Desde logo, aquelas figuras que foram dirigentes ou membros do Governo; sublinhe-se a colecção já que está na «ordem do dia» e lembramo-nos que no início seria a dinamização do mercado que a justificava; e olhe-se para aquela orgânica que na essência resistiu ao tempo, antecipando aspectos inovadores (como hoje se diria) que depois foram sendo deixados cair numa altura, retomados noutra ocasião, alguns que agora se adiantam como nunca tivessem existido - aquela Comissão Interministerial da Cultura, na sua génese era para se atingir a tão hoje propalada «transversalização». E até funcionou, mesmo antes de ser institucionalizada ...
Acabámos de reparar que 2 de Agosto de 1975 foi num sábado. Ah! como se trabalhava ... Bom, é melhor não dar ideias.
Sem comentários:
Enviar um comentário