quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

AS REALIDADES ESCONDIDAS

Artigo de Valdemar Cruz
  disponível online.


Do artigo a que se refere a imagem, a seguir uma passagem que destacamos porque lhe vemos um lado  que pode ser generalizado, para além do Porto. Em particular, perceber a realidade é mesmo o principio de tudo, em qualquer parte do mundo. Sem isso não há «revoluções», e lembro-me de conversas à volta destas coisas com Paulo Cunha e Silva. E quase sempre aparecia  uma frase que nos era muito cara: «só a verdade é revolucionária».  

«(...)
Antes de Paulo, o Porto viveu um período de seca extrema do ponto de vista cultural em resultado das opções políticas de Rui Rio para esta área. Rio, percebeu-se depois, não venceu. O que é hoje apresentado como uma grande vitória de Paulo Cunha e Silva só o é graças a uma subterrânea resistência cultural, mantida mesmo nos anos de chumbo. O mérito do novo vereador foi o de ter percebido essa realidade escondida, tê-la potenciado e ter aberto novos caminhos e novas possibilidades.
Muitos terão ficado, ao longo dos anos, abalados com o desejo, afinal frustrado, de construir um deserto de ideias. Quem o tentou não conhecia o Porto e a ancestral resiliência de quem faz a cidade.

Paulo fazia parte dessa cidade outra, alheia ao tacanho, à vidinha simples, à conformação com as certezas adquiridas. Por isso, não há um antes e um depois de Paulo. Há uma cidade empenhada e disponível para assumir a cultura como um estratégico fator de identidade e diferenciação. É um caminho sem retorno».


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