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Quem esteve lá no Teatro Municipal Joaquim Benite reparou: sala cheia!, e não era para ver um espectáculo mas para se informarem sobre os espectáculos que poderão ver no FESTIVAL. Depois, cá fora, já se encontravam pessoas em pequenos grupos a assinalarem nos seus Programas o que escolhiam para assistir.O fenómeno Teatro em Almada não caiu do céu: deve-se à capacidade da Companhia, ao talento e sabedoria de quem a fez e faz - claro, à grandeza do saudoso Joaquim Benite que via longe, até na forma como nos deixou sucessor natural, Rodrigo Francisco; deve-se ao esforço continuado da Câmara Municipal de Almada na cultura e nas artes (3% do orçamento da Câmara, pode ler-se no Boletim CUL distribuido na rua à porta do Teatro pelos Trabalhadores da Cultura de Almada do PCP). O Presidente Joaquim Judas diz que não é fácil a manutenção deste investimento tão forte, só possível por opções claras sobre o papel da cultura, mas que é para continuar. Isto é o que se apelida de intervenção estruturante. Ou seja, estratégica, de futuro. É verdade, o Estado através da Administração Central também tem subvencionado, mas nos últimos anos já todos sabemos o desastre que tem sido a politica de SERVIÇO PÚBLICO através do agora Ministério da Cultura: o montante atribuido ao festival é o mesmo de 1997, e o Diretor da Companhia sublinhou-o. E isso não pode ser pretexto para «humor» nem para se afirmar que é estruturante a atual intervenção da DGARTES. Não é, e assim se contraria o que também lá foi dito pela representante do Central, e que foi notado. Serão palavras que não passam de notas de rodapé (embora representante institucional tenha de medir o que diz em público) quando o essencial aí está: o 34.º Festival de Teatro de Almada!
Por fim, como já o temos dito noutras ocasiões, estudar e explorar o que se passa em Almada na esfera da Cultura e das Artes é incontornável quando se está a reflectir o sistema de apoio às artes.
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