domingo, 22 de agosto de 2021

ANTÓNIO GUERREIRO|«zonas de baixa pressão - Crónicas Escolhidas»

 

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«Sinopse

Publicadas originalmente no suplemento Ípsilon do jornal Público, as crónicas reunidas neste livro, de um modo geral, reivindicam uma condição de autonomia em relação à circunstância imediata na qual quase sempre tiveram origem: são micro-ensaios que praticam o nomadismo próprio da disposição teórica e que circulam livremente, desdenhando das fronteiras disciplinares, por territórios que constituem a nossa actualidade, tendo, regra geral, como guia conhecimentos e conceitos das chamadas ciências sociais e humanas. A ligação directa ao presente, de modo a apreender na contingência e no quotidiano aquilo que dá forma ao nosso tempo e nos permite nomear a época de que somos contemporâneos, é a marca mais saliente destes textos. No seu conjunto, eles vão descrevendo as tonalidades epocais, a partir de «sintomas» amplificados pelos media ou de manifestações de superfície. O resultado é um discurso crítico e analítico que tem como objecto privilegiado a matéria política, social e cultural com que estamos confrontados». Veja o índice.

 

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A crónica que encerra o livro: «Os trabalhadores da cultura» - 13/11/2020. Começa assim:  «As intervenções e manifestações públicas motivadas pelos efeitos devastadores da pandemia na área da cultura fizeram surgir à luz do dia uma categoria de profissionais liberais que são os “trabalhadores da cultura”. Provas da sua existência, havia muitas, sobretudo desde que começaram a proliferar os chamados festivais e se deu uma “festivalização” generalizada nas formas de socialização da cultura. (...)». E de uma outra - «As guerras da cultura» - 29/05/2020 - esta passagem: «(...) Ao contrário do que parece, um Ministério da Cultura, hoje serve para evitar uma politica cultural. Não há nada mais anti-político do que as actuais políticas culturais. A cultura dos muitos para todos é uma anti-política (...)». 

Quem sabe, alguém pode recomendar o livro ao Senhor Primeiro Ministro. (À Senhora Ministra da Cultura não valerá a pena,  a sua prática, a nosso ver,  assim o mostra. Em especial, só olhará para as respostas às perguntas que faz por inquérito, e ao seu jeito, ou seja, para as que vão ao encontro do que quer). É verdade que as crónicas já foram publicadas no Ípsilon, mas juntas, em livro,  têm, de facto, outra força ...


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