quinta-feira, 20 de março de 2025

CÁ TEMOS MAIS UM CONCURSO | de facto foi publicado hoje no DR isto: «Abertura de concurso limitado para apoiar as orquestras em atividade com o estatuto de Orquestra Regional» | APROVEITE-SE PARA TRAZER AO DECIMA REFLEXÕES DE SEMPRE

 

Como se vê pela imagem hoje no DR temos o anúncio de mais um CONCURSO via DGARTES. E o respetivo «procedimento» - abominável termo, mas é o que temos. Quanto à recomendação - (publicada também em DR em tempos que já lá vão ou não estejamos nós em ambiente diríamos em progresso de Gestão Legalista, quem havia de dizer 50 anos depois de abril) - de a legislação ser amigável é esquecida, sendo claro que ao não nos dizerem  qual o conteúdo do Decreto-Lei n.º 11/2024, lá fomos em busca. Aqui está o preâmbulo:
 
Entretanto, lembremos «acontecimentos» das Orquestras Regionais a que nos referimos, por exemplo, nos seguintes posts:

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Agora, com este contexto  mínimo venham lá algumas observações:
 
- Confirma-se, a Administração Central «adora concursos». Neste caso até parece «exótico» porque as Orquestras  candidatáveis são as mencionadas, ou seja: «a Orquestra do Norte, a Orquestra Filarmonia das Beiras, na região Centro, e a Orquestra do Algarve». Porque diabo a figura Concurso? Não podiam pura e simplesmente ser «convidadas»? E antecipadamente agradecidas por existirem ... Apenas ideias, que por acaso vão beber a experiências passadas comparáveis. Lembram-se das «Convencionadas»?
 
 - Porém o grave, grave: a DGARTES «apoia». Não «garante». Mas num processo «paternalista» diz às Câmaras que entrem no financiamento. Ficamos sem saber que papel chama para si o Estado através da Administração Central. Dito doutra forma, qual o SERVIÇO PÚBLICO que se propõe GARANTIR. Claro, sem prejuízo de chamar outros «companheiros». Nem pomos a hipótese que pense que em pouco tempo há uma afluência de PÚBLICOS que traz auto financiamento de monta. 
 
- E algo que sempre nos assola: como chegou o Poder Central às verbas  que põe a concurso? Ou seja, a isto: «montante financeiro global disponível de 9.720.000 € (nove milhões, setecentos e vinte mil euros), com a seguinte distribuição anual: em 2025, 1.935.000 € (um milhão e novecentos e trinta e cinco mil euros); em 2026, 2.430.000 € (dois milhões e quatrocentos e trinta mil euros); em 2027, 2.430.000 € (dois milhões e quatrocentos e trinta mil euros); em 2028, 2.430.000 € (dois milhões e quatrocentos e trinta mil euros); em 2029, 495.000 € (quatrocentos e noventa e cinco mil euros)». Estas verbas dão para para que encargos?
 
- Por agora, apenas mais este pedido:  sejam tornados públicos os balanços subjacentes ao Decreto-Lei  11/2024, e o Relatório de acompanhamento nesta data.
 
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Ah, como estamos mergulhados em ELEIÇÕES  é capaz de não ser má ideia trazer estes problemas para as campanhas. Da CULTURA em geral. A curiosidade é mais do que muita nomeadamente ao que dirão os designados «Partidos de Poder». Ou será que já adivinhamos o que vão dizer? 
Necessariamente na CULTURA lembramos o que prometeram e não cumpriram ... A nossa ilustração de estimação: a refundação da DGARTES tão anunciada ... E nada aconteceu. Mais, quando não se enfrenta o que está errado, piora.
 
 

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