Há acontecimentos que nos enchem, e ontem a Apresentação de Candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Lisboa foi um desses casos. Quase perfeito, e dizemos «quase» para assinalarmos que há sempre lugar a progressão - aliás isso perpassou pelas intervenções havidas. Por exemplo, quando se assinalou a CULTURA foi reconhecido o tanto e de qualidade que existe em Lisboa, mas sublinhado: precisamos de mais! E nós não podemos esquecer e voltar a dizê-lo aqui que muita da OFERTA que existe se deve a trabalho «GRATUITO» de profissionais da cultura e das artes que vivem numa precariedade que nos devia envergonhar. Lá, uma vez mais, lembrado com grandes ênfase - nomeadamente pelo mandatário Francisco Lucas Mendes - o trabalho também na cultura e na educação desenvolvido por associações, coletividades e afins que acontece nos «bairros» e que precisa de sê-lo de maneira intensa e planeada e não como algo marginal que vai existindo com apoios erráticos. Mais do que APOIAR há que GARANTIR. E as indústrias culturais e criativas não foram esquecidas, pelos maus motivos: são privilegiadas em desfavor do resto ... É isso, precisamos de equilíbrio. Ou seja, impõe-se um PLANO ESTRATÉGICO DE LISBOA PARA O SETOR DA CULTURA onde tudo tenha espaço: o que fica na esfera do SERVIÇO PÚBLICO AUTÁRQUICO; o que cai no jogo do MERCADO. Sim, o que é PROFISSIONAL e o que é AMADOR (A COISA AMADA). E por estes meandros até nos lembrámos de Manuel Gusmão, onde criar e usufruir não se excluem. Não nos cansamos de ler:
Não deixar passar em branco, à vista desarmada ressaltava a juventude dos candidatos/as. E competência. E as mulheres dominavam, e João Ferreira evidenciou-o. E uma senhora à saída comentava com alegria para o marido e o neto: TANTOS JOVENS ! TANTAS MULHERES! Síntese perfeita. Podia ser slogan.
Do tanto que lá foi dito - na verdade, fez-se uma viagem pela vida da cidade que temos e da que ambicionamos - queremos destacar algo que diz muito a gente aqui do Elitário Para Todos: o AMBIENTE ( e nós até acrescentaremos algo mais vasto, o paradigma DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL) não é exclusivo dos Partidos VERDES e nem estes se preocupam apenas com o «ambiente». Gostamos de ver o assunto abordado, confessemos. Mas para terminar estas palavras de JOÃO FERREIRA que a nosso ver deviam ser cunhadas em letras garrafais:
ATRAVÉS DA OPOSIÇÃO TAMBÉM
SE CONSTRÓI CIDADE
Sumarizando, um fim de tarde cheio!
Venham mais.
Sem comentários:
Enviar um comentário