sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

«O TEMPO, ESSE GRANDE ESCULTOR» | lembramos o titulo do belo livro de Marguerite Yourcenar ao sabermos da abstenção do PS na CML relativamente à aplicação do IRS | DURANTE A CAMPANHA ELEITORAL NÃO TINHAM POSIÇÃO MAS COMO SE VÊ FOI UMA QUESTÃO DE TEMPO (POUCO) PARA CHEGARMOS AO QUE SE INTUIA ...

 


«No dia em que uma estátua é acabada, começa, de certo modo, a sua vida. Fechou-se a primeira fase, em que, pela mão do escultor, ela passou de bloco a forma humana; numa outra fase, ao correr dos séculos, irão alternar-se a adoração, a admiração, o amor, o desprezo ou a indiferença, em graus sucessivos de erosão e desgaste, até chegar, pouco a pouco, ao estado de mineral informe a que o seu escultor a tinha arrancado.
Já não temos hoje, todos o sabemos, uma única estátua grega tal como a conheceram os seus contemporâneos.»
. Saiba mais.

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 É o lado bom da VOTAÇÃO na Câmara ra Municipal de Lisboa a que se refere a imagem abaixo, levou-nos - isto há cada ligação - a Marguerite Yourcenar. Ao tempo. Na circunstância  o tempo foi curto para o PS se mostrar, ao que irá na Vereação da Capital. Mas atentemos na crueza da matéria:

 No Facebook de Joao Ferreira

 
Se bem se lembra, o assunto até foi levantado num dos debates na Campanha Eleitoral das recentes Autárquicas, e a Cabeça de Lista, de uma forma burocrática,  disse não ter posição, o assunto não estava contemplado  no Programa Eleitoral. Intuiu-se o pior, e o tempo veio a dar razão. Uma dúvida, a nosso ver legitima, será que entretanto não tiveram tempo para estudar o problema? E aquela abstenção decorre disso mesmo? Ou faz parte da natureza do PS e companhia?  Afinal, se dúvidas havia, vamo-nos apercebendo cada vez mais das razões da CDU em ir sozinha às URNAS. Ainda, não será em vão que tanto apreciamos a, a nosso ver, magnifica reflexão que nos vem do artigo de JOSÉ NEVES a que nos referimos neste post
DE ARTIGO DE OPINIÃO DO PROFESSOR JOSÉ NEVES NO EXPRESSO |«O problema da esquerda hoje não é tanto o de estar ou não estar unida entre si, mas a crescente desafeição entre toda e cada uma das suas partes e o grosso da população. O discurso de João Ferreira sobre a cidade tem conseguido contrariar esta desafeição e é uma das poucas exceções ao estado de descrença e desmoralização em que a esquerda portuguesa hoje se encontra»
Aqui chegados, a CDU terá de continuar com CICLOS DE CONVERSAS para de viva voz nos ir pondo a par do que se passa na Câmara Municipal de Lisboa. Com TEMPO, sem TEMPO CONTADO ... Sem a pressão de Eleições. Mas serenamente ou agitados/as a caminho de próximas votações. Todo o tempo, é tempo para esculpir pensamento e ação ...


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