sexta-feira, 24 de agosto de 2012

MANIFESTO EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO DE TELEVISÃO

Pode ler o Manifesto em Defesa do Serviço Público de Televisão  e ver os primeiros signatários aqui. Começa assim:

A evolução da televisão ao longo das últimas décadas, com a multiplicação da oferta de canais, a passagem ao digital, a perigosa concentração em grandes grupos de comunicação, com o risco de promiscuidade entre política, negócios e informação, não diminuiu a legitimidade do serviço público na Europa e do
seu insubstituível contributo para a democratização da sociedade. Pelo
contrário, na maioria dos países europeus, o serviço público reforçou a sua
legitimidade: multiplicou a oferta, reforçou a exigência de uma programação
mais qualificada e atenta à inovação do que a dos seus concorrentes
comerciais; tornou mais clara a exigência de uma informação isenta e plural;
as preocupações com a programação cultural ou relacionada com os gostos das
minorias e com os interesses sociais de reduzida expressão; a salvaguarda de
programas e canais de limitado interesse comercial, mas importantes para
toda a sociedade; a certeza de o seu capital ser nacional num quadro
empresarial cada vez mais preenchido por multinacionais e poderosos
operadores de telecomunicações; e o seu papel decisivo na indústria
audiovisual.
 
De tal forma assim é que em nenhum outro país europeu, exceto em Portugal, o
Governo se propôs enfraquecer o serviço público de televisão, privatizando
um dos seus canais nacionais. A prova é que a privatização de um canal de
televisão não figura nem nas exigências da Troika, nem na agenda da União
Europeia. O serviço público continua a ser considerado, agora mais do que
nunca no quadro da televisão digital, um eixo estratégico de afirmação da
língua, da cultura e da identidade de cada Estado, um instrumento da coesão
social de cada país, através de um operador a quem todos ­ poder e opinião
pública - reconhecem um insubstituível papel regulador do mercado, garante
do pluralismo e promotor da diversidade e da qualidade dos conteúdos
audiovisuais. E a quem os cidadãos sentem que podem pedir contas.
(...)».
Para aderir veja o endereço nesta imagem:
 

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