quinta-feira, 30 de novembro de 2017

«Zé Pedro»






Nesta hora triste em que ficamos sem o Zé Pedro - único, para tantos - sobre a sua biografia fixada pela irmã em «Não sou o único»:
«Pela primeira vez em Portugal descreve-se, em formato biográfico, o percurso de Zé Pedro, genial rockeiro, conhecido por todos pelo seu lugar enquanto guitarrista na banda Xutos & Pontapés.Quem captou o seu olhar e se determinou a registar as suas vivências foi a irmã mais velha, Helena Reis, para quem Zé Pedro «é uma estrela de rock», à semelhança da imagem que reflecte nos milhares de fãs que acompanham o seu talento de concerto em concerto. E é precisamente a paixão pelo rock’ n’ roll o fio condutor na vida do guitarrista, habituado a percorrer os palcos de norte a sul do país, deixando a marca do seu carisma e encantando com a sua simplicidade e simpatia.No livro, a autora recua ao passado desde o tempo em que eram crianças, relatando a passagem pelos Olivais na adolescência, e a criação dos Xutos, inicialmente intitulados Delirium Tremens passando depois a chamar-se Beijinhos & Parabéns até se fixarem finalmente em Xutos & Pontapés.Helena Reis relata ainda com base no contacto privilegiado com a banda as inúmeras viagens realizadas na estrada, os encontros no mítico Johnny Guitar, a morte da mãe e do pai de Zé Pedro, a sua dependência das drogas e do álcool que o conduziram gravemente ao hospital, a paixão pela rádio, pela actividade como DJ e como coleccionador de discos e filmes. Uma leitura imperdível sobre a vida de um dos músicos que, desde há várias décadas, continua a marcar gerações. O livro inclui palavras dos outros elementos da banda». +.



MIGUEL GOMES | «Não ao decreto-lei do cinema»





Excertos (destaque nosso):
 «(...)
 Passado este tempo e sem que tivesse existido qualquer reatamento do diálogo, eis que é apresentada a nova redação do decreto-lei, entrando desde já em circuito legislativo para promulgação em Diário da República. Sobre a questão da nomeação dos júris dos concursos, o novo decreto introduz nuances: a SECA propõe nomes de júris e o ICA compõe as listas para os concursos que a SECA deverá aprovar; caso não exista consenso, o ICA reserva para si a decisão final (podendo retirar das listas nomes incompatíveis com os critérios de idoneidade e mérito cultural exigidos pelos regulamentos mas demasiadas vezes ignorados pela SECA, considerando o número exorbitante de substituições de júris nos concursos deste ano...).
  (...)
 Esta ingerência promovida pelo Ministério da Cultura é, portanto, uma novidade — e não uma inevitabilidade atemporal — que me espanta tanto quanto deverá espantar os signatários da carta internacional. Resulta de uma opção política de um governo minoritário do PS apoiado no Parlamento pelo BE e pelo PCP. Se este decreto-lei entrar em vigor, serão estes os responsáveis — ativos ou passivos — por uma deriva sem precedentes no modo como o Estado português passa a encarar a natureza e o papel da sua intervenção no apoio ao cinema».



terça-feira, 28 de novembro de 2017

MAS QUE BOM ! |«o governante assegurou que está prevista “uma linha de financiamento de 300 mil euros”, para um período de três anos»





 Este post vem a propósito do que o Ministro da Cultura disse no Parlamento, aquando da discussão do orçamento para 2018, relativamente ao Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) para o que fomos alertados por  leitor atento. Segundo o que se pode ler na Mais Guimarães (O destaque é nosso):
«O PCP afirma que tem vindo a exigir junto de sucessivos governos, inclusivamente do atual, que o financiamento em causa seja concretizado. Segundo o comunicado do PCP, na terça-feira, dia 07 de novembro, durante a discussão na especialidade da proposta de orçamento de Estado para 2018, a deputada comunista, eleita pelo círculo de Braga,questionou o ministro da cultura  sobre “se estão previstas verbas, através do orçamento de Estado para o próximo ano, para o financiamento do CIAJG”. Ainda segundo a nota do PCP o governante assegurou que está prevista “uma linha de financiamento de 300 mil euros”, para um período de três anos». 
E só podemos ficar satisfeitos - ainda que desconheçamos se o apoio é o ajustado - mas gostávamos de saber como é que isso acontece à luz do novo (a nosso ver velho) sistema de apoios.
E talvez seja oportuno trazer para aqui algo que deve ser debatido na esfera de um verdadeiro SISTEMA DE APOIO ÀS ARTES que tem a ver com CENTROS REGIONAIS  e CENTROS MUNICIPAIS de ARTES ...  Rumo a uma REDE NACIONAL DE ARTES. Assim a modos como acontece com Museus, Bibliotecas, Arquivos ... 
Para esse debate, também da Mais Guimarães o seguinte artigo, de 22 de novembro de 2017, e que nos foi referenciado, e disponibilizado, pelo nosso leitor:   

 Também pode ler o artigo aqui.

 

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

«AS COISAS DA CORNUCÓPIA» | Podia e devia ter sido diferente ...






Leia no DN




Não resistimos a escrever isto: E enchemos a boca com Património material e imaterial, para cá e para lá ...E temos um Ministro da Cultura que é poeta e, por exemplo,  «Foi Representante Permanente junto da Organização para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em Paris (2011-2012), e Representante Permanente junto do Conselho da Europa, em Estrasburgo (2012-2015)», de onde nos chegam tantas recomendações para se valorizar a cultura e as artes e, em particular,  preservar as heranças patrimoniais ... Daqui do Elitário também fomos lá, à Cornucópia,  buscar umas «coisinhas» ... E chorámos como tantos outros ao vermos o que vimos ...





sexta-feira, 24 de novembro de 2017

«A Direção -Geral das Artes torna público que se dá sem efeito o Aviso n.º 13249/2017, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 213, de 6 de novembro de 2017»

Leia aqui


Ao ler-se o Aviso abaixo que determina sem efeito o Aviso acima, a primeira conclusão: a nosso ver, revela toda uma forma de estar na Administração Pública. Em particular, o que entenderão por TRANSPARÊNCIA? Senhora Ministra do SIMPLEX + é isto que existe no terreno ...  
Concretamente, digam-nos o porquê...E só têm que ficar satisfeitos porque há cidadãos atentos ao que se passa.

Veja aqui




quinta-feira, 23 de novembro de 2017

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

ABERTURA | «Parallel Intersection Lisboa» | 23 NOV 2017 | 17:00H | CONVENTO DA TRINDADE | LISBOA



«Art in the age of populism»

Veja aqui

JOSÉ PACHECO PEREIRA | «O amor da direita pelo trabalho e pelos trabalhadores privados exerce-se em todos os sítios menos nas empresas e nas fábricas. Aí, esse amor propalado é muito mais desprezo e nalguns casos apenas medo»


O amor da direita radical pelos trabalhadores do sector privado


 «(...)
Para eles, a desigualdade social é o único mecanismo que pode garantir o crescimento económico, e para existir essa desigualdade é fundamental que as “pessoas certas”, os partidos certos e os grupos sociais certos estejam no poder para manter uma hierarquia que garanta essa desigualdade. E este programa não dá ao “trabalho” uma função criativa e dinâmica na economia, logo na sociedade, e muito menos os dá aos trabalhadores, sejam do sector privado, sejam do sector público. Vivemos anos de uma crise provocada pelos desmandos do sector financeiro, mas cujos custos foram assacados ao “esbanjamento” dos trabalhadores. Os trabalhadores eram os responsáveis por uma sociedade que vivia “acima das suas posses” e teria de ser “ajustada”. É o que hoje ainda pensam: cada euro que vá para salários ou funções sociais é um risco para a “economia”, e quando o “Diabo” vier vai ter de ser tudo, outra vez, posto na ordem. (...)». Leia aqui.




sábado, 18 de novembro de 2017

SENHOR MINISTRO DA CULTURA, O QUE DIZ ÀS PROPOSTAS QUE APARECERAM NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA?


 
Leia na integra no DN
Ao lermos a notícia a que se refere a imagem, talvez haja uma pessoa que  fique um pouco agitada com as possibilidades que se podem vir a concretizar: o Ministro da Cultura. De facto,  será dificil encontrar alguém tão resignado com o que se passa no setor. Ainda hoje no semanário Expresso se pode ler isto: 

Estão a ver, tudo muito burocrático, muito legalista, tipo «gerir por decreto», sem um pingo de entusiasmo. Ou seja, pelos lados da Ajuda pensarão que já estava tudo tão arrumadinho, com uma argumentação que dava para o gasto, à espera de uma nova polémica que levaria ou não a um novo regulamento, tudo com a devida calma, e agora abrem-se estas hipóteses... Aliás, raciocinio semelhante haverá pela DGARTES. Lembram-se!, já abriram concursos (até hoje ainda ninguém nos explicou como tal foi possível ..., não tarda temos aí outra polémica), e se vai haver mais dinheiro ... Querem ver que vão fazer como fizeram recentemente: adicionaram novo concurso (talvez com outro nome) ao que já existia ... Os agentes culturais bem bramiram, mas ninguém os ouviu. 
Senhores Deputados, estão a esquecer-se de um pormenor:na generalidade os serviços precisam de ser refundados. E precisa-se de mais pessoas. Lembram-se, houve o PREMAC!, aquela coisa que escangalhou o aparelho estatal. E para que mais dinheiro provoque o desejado estas mudanças têm de acontecer ao mesmo tempo. Doutra forma esperem sentados, porque aquelas propostas que fazem não vão acontecer:  o dinheiro ainda não chega e não há técnicos que as realizem. Mais, esta conjugação faz com que Dirigentes se eternizem, com a desculpa de que não têm meios, e assim disfarçam a sua falta de aptidão para o lugar.
Mas tudo isto tem solução, claro: é só os Senhores Deputados não ficarem «pela metade». Exijam o resto, dentro ou fora do calendário orçamental. Bom, mas como diz o povo, «estamos a ensinar o padre nosso ao vigário» ...

 

domingo, 12 de novembro de 2017

PANTEÃO NACIONAL | Orçamento & Bom Senso



A noticia subjacente a este post, por exemplo, aqui, com o seguinte titulo:A utilização do Panteão Nacional para um jantar exclusivo que assinalou o encerramento da Web Summit está a gerar controvérsia, merecendo críticas nas redes sociais.  

E uma leitura dos acontecimentos que facilmente se subscreve, a do deputado António Filipe:  «(...) A falta de orçamento para a Cultura, segundo António Filipe, “é conhecida e o PCP tem vindo a denunciá-la”. “O PCP tem vindo a apresentar propostas para que esta desorçamentação que vem de longe seja alterada e que haja um investimento na cultura que seja mais compatível com as responsabilidades do país nesse domínio”, recordou. Os comunistas até podem “compreender que os responsáveis pelos monumentos nacionais procurem obter receitas, mas isso tem limites, que é o respeito pela dignidade dos espaços e pela sua preservação”. 
“Não é aceitável, a título nenhum, iniciativas como esta que são inadequadas para a dignidade do espaço em concreto. Há que fazer regulamentos que respeitem os monumentos nacionais e há que ter bom senso na sua aplicação”, reiterou. (...)».
Mesmo que não gostemos de aumentar o ruido em atmosferas excitadas, apetece lembrar que o Orçamento do Estado é aprovado na Assembleia da República, e que os Dirigentes são uma escolha dos Ministros, ainda que passem pela CRESAP (uma caso de insucesso como alguém recentemente sublinhou) e em grande número escolhidos de entre os que entretanto já tinham estado em regime de substituição ..., escolhidos pelos Ministros. Assim, de quem é a responsabilidade, de quem é?

Ainda:

Leia aqui

Aguardemos desfechos ..., nomeadamente medidas preventivas para que acontecimentos equivalentes não aconteçam noutras áreas ..., digamos, decisões «controversas» por falta de bom senso, que quando associado a falta de preparação é o que se pode adivinhar ... Outros acontecimentos no minimo incompreensíveis certamente existirão só que nem sempre com visibilidade pública. É a vida? Não, recusamos fatalismos. Queremos, em particular para a CULTURA, as reformas prometidas pelo Governo e pelos Partidos que garantem a atual solução governativa. Como se vê, é simples.
  

DOS OUTROS | «Tailored Review of Arts Council England»

Disponível aqui.


Da apresentação  de «Matt Hancock, MP Minister of State for Digital and Culture»:«This tailored review provides an important opportunity to examine the efficiency and effectiveness of Arts Council England, an organisation which will invest £1.1 billion of government funding and a further £700 million of Lottery funding between 2015 and 2018».