segunda-feira, 7 de outubro de 2019

MUSEUS | ARTIGO DE LUÍS RAPOSO NO PÚBLICO | «Pelo meu lado, não tenho dúvidas em considerar que assistimos nos anos, já décadas, anteriores a uma muito nefasta degradação do estatuto da directora (ou director) de museu nacional. Alguns (e algumas), porventura muitos já, não possuem hoje cursus honorum que lhes permita serem respeitados e tomarem a palavra publicamente, com a independência de pensamento que se lhes exigiria. Sentem-se talvez compensados por exercerem lugares de chefia, ainda que recebam tão miseravelmente que certamente não é por aí que se justificam os tormentos acrescidos que aceitam sofrer. Faltam-lhes sobretudo ciência e cidadania. Vivem por isso fechados dentro de silêncios que são ensurdecedores e deixaram-se capturar pelos vícios antigos do “respeitinho é muito bonito” e do “manda quem pode, obedece quem deve”. Em suma, são pusilânimes».


E cá temos mais uma assunto a debater, no «dia seguinte», e nos que se lhe seguem:  a questão de «Direção» das organizações públicas que não é apenas dos Museus. Muito do que Luís Raposo escreve é generalizável. Como tantas vezes se tem escrito neste blogue o problema dos PERFIS PROFISSIONAIS é fundamental ser aprofundado,  de maneira a, por exemplo, não mudarem de concurso para concurso ... quando os há. Pois é, lembram-se?, é que às vezes não os há, e temos aquele «clássico» das Chefias em Regime de Substituição que se tornou, pode dizer-se, «a norma» em muitos dos organismos. E duram, duram ..., e nem se repara na «legalidade», melhor, na falta dela. Ou será que nestes casos também não é para «seguir à letra»?   



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