quarta-feira, 30 de abril de 2025
AINDA O «DIA INTERNACIONAL DA DANÇA 2025»
FAÇA-SE LUZ SOBRE O «APAGÃO» | para isso talvez lhe interesse o contributo que vem do artigo de Demétrio Alves «O colossal apagão trará luz para se ver melhor o que é transição ecoliberal?» _ que a nosso ver os leigos também percebem| NO JORNAL «ABRILABRIL»
Faça-se luz!».
terça-feira, 29 de abril de 2025
sábado, 26 de abril de 2025
SNBA |«Bonecos para o povo» _ João Abel Manta, artista revolucionário | 24 ABR 2025 - 31 MAI 2025 | LIBOA
«Cinquenta anos após a Revolução de Abril, e pela primeira vez em Lisboa, esta exposição permite o contacto com a mais vasta amostra de material relacionado com o trabalho gráfico revolucionário de João Abel Manta (nascido em 1928, em Lisboa). Não se limitando ao período de 1974-75, ela mostra peças da década de 1940 à de 1990, provando que o artista foi revolucionário muito antes da revolução, e que continuou a gerir a memória desta muito depois do seu termo.
No espaço em que, em 1947, com 19 anos, João Abel Manta pela primeira vez expôs desenhos (na II Exposição Geral de Artes Plásticas), podem ver-se reunidos pela primeira vez não apenas todos os esboços para algumas das mais marcantes imagens da revolução portuguesa de 1974-75, como desenhos da sua fase de arranque, que coincidiu com o fim da adolescência e o início da idade adulta, e que incluem os que realizou na Prisão de Caxias, em 1948. Encontram-se também exemplos da sua revolucionária contribuição para a imprensa sob a censura de Marcello Caetano (1969-1973, incluindo, pela primeira vez numa exposição do artista, dois originais da série “Reportagem fotográfica” de 1972, entre os quais o “Festival” que levou João Abel Manta à barra do tribunal em 1973) e durante o PREC. A tudo isto se acrescenta um precioso conjunto de documentos provindos do arquivo do artista (originais, fotografias, cartas, recortes de imprensa).
Baseada parcialmente em duas grandes mostras abertas em 2024 (“Uma coisa nunca vista” no Museu Abel Manta de Gouveia e “João Abel Manta livre” no Palácio Anjos de Algés), a exposição “‘Bonecos para o povo’: João Abel Manta artista revolucionário” (que deve o seu título a um cartoon-manifesto do artista em Maio de 1974) tem novamente acesso ilimitado ao arquivo do artista recentemente organizado. Para além de peças do Museu de Lisboa e do Museu Abel Manta de Gouveia, são também exibidas peças das colecções particulares dos herdeiros do general Vasco Gonçalves e dos herdeiros do coleccionador Manuel de Brito.
Como o célebre caricaturista francês Jean-Louis Forain, que, à pergunta de se não preferia expor num museu, respondeu que já expunha, mas em quiosques, também João Abel Manta cumpriu o seu papel de artista revolucionário (o mais importante durante os dias quentes dessa revolução) expondo um portefólio único nos quiosques (e nos muros e paredes) do país. Poder vê-lo em galeria serve apenas à comprovação da sua qualidade gráfica e plástica e da sua importância histórica.
Pedro Piedade Marques
sexta-feira, 25 de abril de 2025
quarta-feira, 23 de abril de 2025
PARA DISCUTIRMOS CULTURA | a entrevista de Jazmín Beirak que é Diretora Geral dos Direitos Culturais, em Espanha, disponivel no site da Gulbenkian | A NOSSO VER CONTRIBUTO A NÃO DESPERDIÇAR
Com a emergência da política cultural no século XX, o papel do Estado centrou-se, primeiro, na garantia de acesso a um determinado património e, depois, na promoção das artes e das indústrias culturais. Com a ascensão da sociedade de consumo e da cultura de massas, o mercado passou a partilhar com o Estado o papel de mediador no acesso aos bens, obras e produtos culturais – reforçando a relação com a cultura a partir de uma lógica de espetador. Assim, a cultura passou a ser concebida como um produto, afastando-se do seu estatuto de direito.
A verdade é que os direitos culturais nunca estiveram no centro da ação pública na cultura e, por isso, esquecemo-nos de que a cultura é um direito.
O que torna a cultura “ingovernável”?
A ideia de ingovernável baseia-se no facto de que a cultura não é nem deve ser feita por instituições, mas é uma expressão e manifestação da sociedade, das comunidades e dos indivíduos. Isto significa que o papel do público não é fornecer cultura, mas gerar as condições materiais para que as práticas culturais possam proliferar, para que os projetos da sociedade possam acontecer e para que todos possam desenvolver uma vida cultural plena. A responsabilidade pública da cultura é redistribuir recursos e oportunidades para que as pessoas e as comunidades sejam protagonistas da sua própria vida cultural.
Para isso, uma instituição tem, fundamentalmente, de nutrir e fomentar o que existe fora da instituição. E este é, de facto, o paradoxo constitutivo da gestão pública na cultura: para que a cultura seja forte, para que haja vitalidade cultural, ela tem de escapar à própria instituição. Quanto mais a cultura conseguir transbordar o trabalho institucional, mais saberemos que a instituição está a cumprir a sua missão. E, por isso, governar a cultura é, de certa forma, gerar as condições para a sua ingovernabilidade. (...)»
Isto é PARTIS & Art for Change
«APOIAR» | diz a Senhora Ministra da Cultura do Governo de Gestão (através de concurso, pois claro ...) sobre uma Orquestra Regional do Alentejo | VOLTANDO À NOSSA, E QUE TAL GARANTIR?
terça-feira, 22 de abril de 2025
EM ÉVORA NO TEATRO GARCIA DE RESENDE |«Autos da Revolução»
“Não podemos deixar fechar as portas que Abril abriu”
Como é sabido, o projeto teatral criado em Évora em janeiro de 1975 é, naturalmente, filho legítimo da revolução portuguesa. Daí que, quando o Ministério da Cultura nos lançou o desafio para integrar a programação das celebrações dos cinquenta anos do 25 de Abril, surgiu de imediato a ideia de voltar, mais uma vez, aos textos de António Lobo Antunes. Estes tinham resultado já num primeiro espetáculo em 2004 e numa segunda abordagem, em 2014, numa parceria do CENDREV com a ACTA – Companhia de Teatro do Algarve, ambos os projetos com dramaturgia e direção do nosso amigo Pierre-Étienne Heymann – homem de teatro, profundamente conhecedor da obra deste autor que se debruçou sobre a revolução portuguesa em várias das suas obras.
Convocámos este painel de personagens, desenhados pela poética e perspicácia de Lobo Antunes, para confrontar o público com um conjunto de olhares e inquietações sobre esses acontecimentos que transformaram profundamente a vida do povo português.
Com a Revolução de Abril, não foi conquistada apenas a liberdade e a democracia política, criaram-se também condições para notáveis avanços civilizacionais que hoje estão a ser profundamente delapidados. Sendo o teatro um espaço privilegiado de encontro e reflexão dos homens, este acontecimento maior da nossa História não podia deixar de constituir matéria do nosso trabalho. (...)».
E na Cultura ao Minuto:
segunda-feira, 21 de abril de 2025
«Queridos artistas, vejo em vós guardiães da beleza que sabe inclinar-se sobre as feridas do mundo, que sabe escutar o grito dos pobres, dos sofredores, dos feridos, dos presos, dos perseguidos, dos refugiados. Vejo em vós guardiães das bem-aventuranças»
domingo, 20 de abril de 2025
sábado, 19 de abril de 2025
NA MORTE DE JOÃO CRAVINHO | das «pequenas coisas» que distinguem os grandes ...
João Cravinho foi um dos nossos desde o princípio da Clave de Sul. Membro do grupo fundador da nossa Associação, foi um entusiasta da construção e instalação do Órgão Sinfónico na Matiz de São Clemente de Loulé em que via a recuperação da tradição mantida na cidade entre os séculos XVI e XVIII. Foi-se inteirando dos passos que a Clave de Sul foi dando sempre que nos tempos mais recentes vinha à sua moradia no belo sítio da Soalheira, perto do Parragil, manifestando o seu entusiasmo e alegria com o programa de construção do Órgão Sinfónico apresentado e pelo mestre organeiro Dinarte Machado.
Foi desde o início membro proeminente do Conselho Consultivo Permanente da Clave de Sul, inteirando-se com visível emoção dos projetos de programação musical que foram sendo delineados e manifestando enorme confiança esperançosa nas parcerias e acordos de cooperação de que a associação lhe ia dando conta.
Aos 88 anos, João Cravinho depois de uma longa carreira política em que soube manter a ética, inegável e multifacetada competência técnica e amor ao torrão natal, partiu, mas não nos deixou – ficou no coração e na memória viva dos que o conheceram e com ele aprenderam muito. Na Clave de Sul continuará a ser uma referência indelével.
Muito obrigado, João Cravinho.
Loulé, 16 de abril de 2025.
«(...) Mas também sabe o que vale.
Conheço os meus pontos fortes. É muito diferente o indivíduo estar sozinho ou, como hoje se diz, networked com os poderes tradicionais. Sempre tive a consciência de que estava desligado dos poderes tradicionais. Podia ter vontade de cooperar, mas nunca esperei de nenhuma instituição, de nenhuma natureza e muito menos na área do poder, protecção. Percebi que há uma limitação em termos de afirmação individual, que há forças políticas e sociais que o ultrapassam, e que o aniquilam facilmente. Podia ter-me dado isso para ser prudente, no sentido de ser calculista – nunca fui. Também não sou suicidário, não me armo aos cucos [riso]. Mas sempre tive esta noção de que há um equilíbrio a que uma pessoa tem que atender. (...)».
sexta-feira, 18 de abril de 2025
quinta-feira, 17 de abril de 2025
«Podem apresentar candidaturas todos os agentes culturais sediados na região do Algarve, entidades coletivas sem fins lucrativos, de caráter não profissional, formalmente constituídas à data da abertura das candidaturas e, que no ano civil a que respeita a candidatura, não beneficiem dos apoios sustentados (bienais ou quadrienais) da tutela da Cultura»
Nestes ensaios, Drucker explora os méritos de uma gestão adequada em organizações sem fins lucrativos e no sector público, oferecendo aconselhamento, orientação e estratégias para negócios eficazes, de forma a ajudar os gestores a compreenderem e a gerirem os complexos desafios que enfrentam num mundo em constante mudança. +.