sexta e sábado, 20h; domingo, 17h30
(...) “Ou” é a história de muitos encontros. Um espetáculo de dança, som, vídeo, luz e palavra, a partir do encontro de dois corpos, duas identidades, que é também história de desencontros, que passa pelo “autoconhecimento identitário”, como explica Panaibra, num “espelhamento que reflete uma certa proximidade, uma semelhança na diferença”. E é um ir além, “transcendendo para outro lugar, mais da alma, mais espiritual, do sentir de cada um dos intérpretes, e das crenças, uma dimensão do invisível, que existe de modos diversos na cultura portuguesa e na cultura moçambicana.”
É tudo isto que surge nos corpos de André Braga e Panaibra Canda em “Ou”. Um título que sugere as muitas variantes das histórias, as muitas possibilidades de visões e entendimentos alternativos ao mais convencional, que se abrem em cena. Assim como uma pulsação do mar, construindo um lugar que é simultaneamente concreto, Inhambane, mas é também ficcional e imaginário, esse mundo invisível que existirá no fundo do mar. E nessa permanente ode aos encontros e desencontros, há também o da relação entre o mundo sobre a terra e o mundo fora dela, dos sentidos e do espiritual».
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