quarta-feira, 14 de agosto de 2019

“Lutamos por manter o Museu de Arte Popular de portas abertas”




A entrevista já tem uns dias mas continua atual:

“Lutamos por manter o Museu de Arte Popular de portas abertas”

Aberto desde final de 2016, após anos de encerramento, o Museu de Arte Popular continua em risco. Quem o diz é Paulo Costa, diretor deste museu – e do Museu Nacional de Etnologia – que falou à DN Ócio, à margem do Summer Camp de cestaria, com que jovens e artesãos procuram um novo fôlego nesta arte tradicional ameaçada. Diz esperar que a nova lei da autonomia dos museus reponha um atraso orçamental de duas décadas e que permita contratar pessoal: deviam ser o triplo.

Entrevista de Marina Almeida | Fotografias de Orlando Almeida (Global Imagens)

Qual a importância de uma iniciativa como a Summer School de cestaria, que decorre no Museu de Arte Popular ao longo de três semanas?
Vejo com todo o interesse, com todo o entusiasmo, como todos os jovens e menos jovens que são os artesãos que estão aqui. Acho que é uma excelente iniciativa de cruzar tradição e inovação, de colocar em diálogo artesãos e jovens de vários países da Europa a trabalhar com uma tecnologia portuguesa da cestaria, trazendo uma tecnologia tradicional para novos usos, para novas ideias, para novas funções. Acho que é uma iniciativa muito importante porque traduz não só a parceria estabelecida com a Michelangelo Foundation, com a tutela, o Ministério da Cultura, com a Direção Geral de Património Cultural, que financiou esta iniciativa em conjunto com a Fundação Michelangelo, e portanto estamos muito orgulhosos por acolher esta escola de verão, esperando que iniciativas similares se possam repetir.

E que ajudem a dar visibilidade ao Museu de Arte Popular e ao de Etnologia…
Sim. Eu considero que este tipo de iniciativas em torno do artesanato deve ser focalizado aqui no Museu de Arte Popular. Entendo também que não devem esgotar-se estas iniciativas em si próprias. Devo recordar que esta iniciativa foi suscitada porque o museu se encontra a organizar uma exposição em torno das coleções de cestaria do Museu de Arte Popular (MAP) e do Museu Nacional de Etnologia. É neste âmbito que estamos a trabalhar desde janeiro de 2018 com a [associação] Passa ao Futuro, que assegura a parte da curadoria desta exposição em conjunto com o museu, naturalmente, e foi deste processo, deste estudo da coleção que nasceu este encontro com a Fundação Michelangelo e a ideia de se fazer esta escola de verão.

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