«A verdade é uma coisa qualquer.
Só assim se entende que a actual narrativa anticomunista se construa e levante não assente em factos, mas antes se molde à conveniência e a um propósito último.
Não valeu de nada uma única palavra dita pelos comunistas portugueses, que afirmaram, “Putin age com tiques czaristas, a paz é o caminho, que se cesse de imediato a intervenção militar russa”, o que se escreveu e se leu foi, “PCP não condena Putin, nem a guerra”.
Não valeu a posição histórica do PCP em todos os cenários de conflitos internacionais, onde em todos, sem excepção, se apelou à paz e à diplomacia, ao contrário de outros.
Não valeu até Putin considerar que Lenine e os bolcheviques são os responsáveis pela criação da Ucrânia e das suas questões fronteiriças, situação que segundo o próprio resultou no estado actual das coisas, culpando os comunistas.
Não valeu Putin
referir-se à esfera de domínio do Império Russo e não da União Soviética. O que
se leu foi, “Putin quer repor o imperialismo soviético”, fizeram-se capas com
Putin e bandeiras comunistas. (...)». Continue a ler.
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