segunda-feira, 8 de agosto de 2016

LUÍS RAPOSO | «Boom turístico, estatísticas e museus»

Leia na integra aqui
Excerto:
«(...)
 Fraco consolo, porém, porque somente fruto de uma tendência geral de dispersão dos ditos 100 museus por maior número de países. Num contexto em que o turismo estrangeiro conhece uma verdadeira explosão, com taxas anuais superiores a dois dígitos, reflectidas em alguns museus (o caso mais notável é o Museu Arqueológico do Carmo, que aumentou 44% ao ano, nos últimos cinco anos), o crescimento assinalado pela The Art Newpaper é pouco mais do que risível, continuando a ser válida a observação e repto com que terminávamos o texto acima citado: “Aqui ninguém ousa actuar audaciosamente e acabar com as capelinhas (serviços centrais do Estado, autarquia, galeristas, museus), criando no imediato uma "task force" para pensar um pacote de museus e exposições a incluir na oferta turística de uma capital, que assim teima em continuar provinciana, sendo porventura a única onde cada um sabe de si e já nem sequer nenhum deus sabe de todos.” As estatísticas aí estão a comprová- lo. Mas nem elas seriam necessárias, porque bastaria observar o espectáculo ocorrido nos últimos meses em torno do chamado “Eixo Belém-Ajuda”, opondo câmara a Governo e, dentro deste, velhos e novos governantes e seus gestores de estimação. As vistas curtas não são apenas estreitas no plano da promoção dos nossos museus junto dos circuitos internacionais. São-no também, e antes de tudo, junto dos cidadãos nacionais.(...)».



Sem comentários:

Enviar um comentário