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Fraco consolo, porém, porque somente
fruto de uma tendência geral de dispersão
dos ditos 100 museus por maior número
de países. Num contexto em que o turismo
estrangeiro conhece uma verdadeira
explosão, com taxas anuais superiores
a dois dígitos, reflectidas em alguns
museus (o caso mais notável é o Museu
Arqueológico do Carmo, que aumentou
44% ao ano, nos últimos cinco anos),
o crescimento assinalado pela The Art
Newpaper é pouco mais do que risível,
continuando a ser válida a observação
e repto com que terminávamos o texto
acima citado: “Aqui ninguém ousa actuar
audaciosamente e acabar com as capelinhas
(serviços centrais do Estado, autarquia,
galeristas, museus), criando no imediato
uma "task force" para pensar um pacote de museus e exposições a incluir na
oferta turística de uma capital, que assim
teima em continuar provinciana, sendo
porventura a única onde cada um sabe de
si e já nem sequer nenhum deus sabe de
todos.” As estatísticas aí estão a comprová-
lo. Mas nem elas seriam necessárias, porque
bastaria observar
o espectáculo
ocorrido nos
últimos meses em
torno do chamado
“Eixo Belém-Ajuda”,
opondo câmara a
Governo e, dentro
deste, velhos e
novos governantes
e seus gestores de
estimação.
As vistas curtas
não são apenas
estreitas no plano
da promoção dos
nossos museus
junto dos circuitos
internacionais. São-no
também, e antes
de tudo, junto dos
cidadãos nacionais.(...)».
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