quarta-feira, 11 de novembro de 2020

É ISSO PRECISAMOS DE VERDADEIRAS REDES NACIONAIS DE ARTES QUE ARTICULEM DE FORMA COMPETENTE AS DIFERENTES ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS | olhemos Loures através de um artigo de opinião

 

 

«A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, afirmou na Comissão de Cultura e Comunicação da AR que «a Cultura assume um lugar estratégico» na visão estratégica do Plano de Recuperação Económica e Social apresentado pelo Governo para dar resposta à crise.

Graça Fonseca referiu que o plano assenta numa visão que coloca as artes, a criatividade, o talento e o património como «fileiras estratégicas do Plano para a Recuperação Económica e Social».

Supostamente, serão eixos desse Plano, nas palavras da Ministra:

- o programa nacional para as artes nas infraestruturas e equipamentos públicos, que tem como objetivo promover e apoiar a criação artística no âmbito dos investimentos públicos infraestruturais, como por exemplo a rede de Metro;

- o plano nacional de investimento em reabilitação e integração do património cultural e natural, que visa restaurar e dinamizar os muitos monumentos, palácios e museus do país, a maioria dos quais integra espaços naturais de biodiversidade, importantes ativos culturais para o desenvolvimento económico e a coesão territorial;

- o investimento em redes artísticas e culturais no país; o investimento na sua modernização tecnológica, na capacitação dos seus recursos e na melhoria das suas condições físicas para que constituam verdadeiros espaços para a criação e a programação em todas as áreas artísticas, em todo o país.

Quer parecer-me que atendendo à dinâmica cultural no Concelho de Loures, ao esforço desenvolvido pela sua Câmara Municipal na esfera da cultura, mesmo em tempo de pandemia, bem como o golpe de que foi alvo aquando da cisão do Concelho em dois, dando origem ao Município de Odivelas, que tendo ficado com o Centro Cultural da Malaposta depressa o desarticulou e entregou a exploração privada, justifica que o Município de Loures seja apoiado pela Administração Central na concretização do seu Centro Cultural que é legítima expectativa dos seus agentes culturais, mas também de inúmeros agentes culturais de todo o país que reconhecem a Loures o diferenciador trabalho que vem concretizando nos domínios da música, do teatro, das artes performativas, das artes plásticas, como movimento associativo, etc. Um Centro Cultural em Loures, será um equipamento para o país e não uma mera aspiração paroquial.

Esse equipamento é passível de impulsionar para além da fasquia cultural da sua população e em particular das jovens gerações, novas oportunidades de dinamização económica e turística, constituindo um polo de uma rede de políticas de desenvolvimento local nos domínios da educação e cultura, da ciência e da formação.

O Estado, mais precisamente o Governo, deve saber aproveitar a possibilidade que Loures lhe disponibiliza, com o seu projecto de Centro Cultural, para demonstrar que os objectivos enunciados pela sua Ministra da Cultura são sérios, mas também para demonstrar à União Europeia a capacidade de realização do país, para lá de estádios de futebol».

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Senhora Ministra da Cultura, uma  sugestão: não comece do zero, abandone o «pela primeira vez»no que a Centros Culturais diz respeito, e atentando-se no que parece ser a matriz do artigo, tente saber sobre o passado do Ministério da Cultura, nomeadamente através da agora DGARTES, sobre a Rede dos Centros Culturais. Temos ideia que vai ficar surpreendida com esse passado que conhecido terá impacto neste nosso presente ...E no futuro.

 


 

 

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