sexta-feira, 26 de junho de 2015

«PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 1: O PASSADO/PRESENTE» | Por Luís Raposo na ArteCapital


«PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 1: O PASSADO/PRESENTE

LUÍS RAPOSO

2015-06-17

 Retomo neste texto tema que abordei há cerca de três meses no jornal Publico (cf. Publico, 9 de Março de 2015, “Cultura e património cultural: ideias para o futuro”). As limitações de espaço e a natureza generalista impediram-me ser mais detalhado, como conviria, especialmente numa fase em que se aproximam eleições, com a desejável discussão acerca das grandes linhas de orientação das políticas sectoriais, as quais deveriam basear-se no balanço crítico do passado e na proposição de caminhos a percorrer no futuro.
Bem sei que a mais da gente deixou há muito de alimentar grandes ilusões quanto à qualidade da discussão travada em época eleitoral. Mas, sendo certo que a Cultura nem sequer figura no conjunto de linhas orientadores estabelecidas pela actual coligação no Poder e tem vindo a ser sucessivamente desvalorizada, não é menos verdade que nos programas eleitorais dos partidos da oposição, com relevo para os do PCP e do PS, ela encontra-se referida e até surpreendentemente desenvolvida. No que respeita ao PS, este facto é especialmente assinalável porque no caso do património cultural e dos museus inclui diversas propostas concretas muito positivas, como sejam as da gratuitidade aos fins-de-semana e feriados para todos os visitantes com menos de 30 anos, a maior flexibilidade dos aparelhos administrativos e maior autonomia dos museus e monumentos que constituam “bandeiras nacionais”, o reforço da Rede Portuguesa de Museus, etc. Parece que vamos no bom caminho, pois».
Porém, há sempre um porém em tudo na vida…, a situação é a que é e a Cultura atingiu níveis de desqualificação inqualificáveis, quer orgânicos (com a passagem de Ministério a mero gabinete de secretário de Estado e nem sequer SEC propriamente dita), quer orçamentais – menos de 0,1% do PIB, conforme se regista no gráfico junto, ou seja, um décimo daquilo que ao longo de décadas foi considerado como o mínimo de decência e constitui valor de referência sugerido por organizações internacionais». Continue a ler na Arte Capital.

Sem comentários:

Enviar um comentário