sábado, 19 de setembro de 2015

BIENAL DE VENEZA | «All The World’s Futures» | TODOS OS FUTUROS DO MUNDO

                                       Recorte do trabalho de Luísa Soares de Oliveira 
do Jornal Público - disponível online































 Quem não gostará  do tema da Bienal de Veneza  2015? - All The World’s Futures. Ver no site da Bienal aqui. Mas no artigo acima referenciado, como se pode ler na entrada, «não foi propriamente levado à letra: para não caírem na ficção do futuro, as exposições falam sobretudo do presente». Ora,  parece que esta orientação, na generalidade,  foi adoptada na nossa campanha eleitoral, e levada ao extremo, nem do presente se fala, quanto à cultura e às artes. Nos debates que seguimos, não apareceu uma «perguntinha» sobre cultura. E a cultura tem de estar no «Futuro que Queremos»,  tema que absorve a atividade da ONU, e quem sabe foi aí que a Bienal até se inspirou. Na agenda,  Os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, para uma vida com dignidade para todos: 

«Ensuring a Life with Dignity»


Mas é claro que o presente, o nosso presente, é prioritário, e o artigo do Público fornece elementos de partida para perguntas sobre o passado, o presente e o futuro. Para  debates, onde quer que seja (os destaque são nossos):
«(...)

Portugal no Loredan

E depois há os muitos pavilhões nacionais que, não tendo lugar fixo nos Giardini, como é o caso de Portugal, se distribuem por espaços alugados por toda a cidade. Livres de constrangimentos curatoriais, boa parte deles espelha as idiossincrasias inerentes a diferentes conceitos de contemporaneidade, de arte, de qualidade artística. Do Tuvalu aos Emirados Árabes Unidos ou à Santa Sé, cada pavilhão reflecte os meios económicos disponíveis para a representação, para além dos esforços nacionais para mostrar o melhor que há em casa.

Este ano, numa selecção que continua a manter uma aura de mistério e a suscitar os mais diversos boatos, a obra de João Louro, comissariada por María de Corral, está no Palazzo Loredan, um edifício que acolhe o Instituto Veneziano de Ciências, Letras e Artes. Dotado de uma biblioteca antiga, extensa e bonita, distribuída por diversas salas, é aqui que se encontra a exposição I will be your mirror – poems and problems, onde o artista sintetiza as grandes linhas de força subjacentes ao seu trabalho dos últimos anos. Frases, apagamentos, reproduções de capas de livros, signos luminosos e outras obras conjugam habilmente os códigos linguístico e plástico, introduzindo-nos num universo muito pessoal onde o livro, o filme e a música são instrumentos para construir uma autobiografia do artista. Muito boa é também uma escultura em forma de escadote, onde o “espelho” de cada degrau foi substituído precisamente por um espelho, introduzindo-nos a nós, espectadores, na própria imagem do trabalho. Maior perplexidade é causada por uma exposição paralela no mesmo espaço, da autoria da EDP, financiadora de toda a participação portuguesa, e que surge aqui como intrusão publicitária difícil de justificar».
E mais do que o caso particular em si, o que interessará serão as questões amplas sinalizadas. Por exemplo, a transparência nos processos de decisão, as contrapartidas aos mecenas no sistema de mecenato ...
E para terminar lembremos: «Pôr a Cultura no Coração das Políticas do Desenvolvimento Sustentável»:

Clique aqui ou na imagem e saiba mais

«Calling for a new approach to sustainable development, participants at a UNESCO congress in Hangzhou advocated placing culture at the heart of public policy».



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