segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

«Esse Obscuro Objeto do Desejo»

 

 

 
 A critica no «Adoro cinema»:

«Hilário e charmoso filme de Luis Buñuel, em que a protagonista feminina é vivida por duas belas atrizes : a espanhola Angela Molina e a francesa Carole Bouquet. Conchita , uma intrigante espanhola de 18 anos faz gato e sapato de Mathieu, um bem-sucedido homem de meia-idade, interpretado por Fernando Rey. Para quem acredita que as mulheres tem "duas caras" será um prato cheio! Para quem não acredita , também. Apesar da complexidade do filme e das variadas conexões estabelecidas por Buñuel com a cultura espanhola e os ataques terroristas do pós-franquismo , a obra apresenta uma linguagem leve e bem-humorada. Um ótimo filme para quem deseja ingressar no mundo onírico de Buñuel , que analisou os dramas políticos de seu país por meio das turbulências e explosões amorosas do casal protagonista. Deliciosamente irônico e inteligente ; profundamente cruel e realista». 

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Veja também na wikipedia

 

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O filme acima veio à memoria na CONVERSA COM O PÚBLICO do sábado passado no Teatro Municipal Joaquim Benite subordinada ao tema «Como escrever sobre o amor, hoje», que teve como convidados a escritora, poeta e editora, Maria do Rosário Pedreira (generosamente substituiu Djaimilia Pereira de Almeida impossibilitada de participar à ultima hora), e André Tecedeiro, poeta, dramaturgo, artista plástico. O moderador do ciclo foi José Mário Silva, critico literário - Veja aqui.  De facto, as  conversas são como as cerejas, e em dado momento focou-se «o corpo». E a constatação do seu envelhecimento.  Da sua transformação. Não nos lembramos se isso foi realçado, mas tal repercute-se de maneira diferente nos homens e nas mulheres, e em especial nos profissionais da cultura -  as atrizes  não param de o referir: a partir de uma idade mais madura deixam de ter papéis. Neste ambiente, necessariamente, presente o livro de Maria do Rosário Pedreira: 


SINOPSE

A arquitetura de o meu corpo humano liga cada uma das emoções, memórias e sensações a uma parte do corpo ou a determinados órgãos: da cabeça aos rins e aos tornozelos, dos olhos às mãos e ao coração, há sempre uma relação entre as partes do corpo - e o sofrimento que habita a nossa vida, a nossa memória e as marcas que deixamos ao passar.
Depois de uma demorada interrupção na sua produção poética, Maria do Rosário Pedreira regressa com um livro cheio de beleza e iluminação, como uma aula de anatomia que procura os segredos de cada recordação. «É o meu corpo // humano: vê, ouve, / toca, pensa e // dói-lhe. // Volto porque / preciso muito / que me amem». 
Saiba mais. 

     

    Em dado momento, talvez se possa dizer, como que emergiram duas correntes: com a idade os corpos deixam de ser objeto de desejo;  todos os corpos podem ser objeto de desejo, e nisso a literatura terá o seu papel, não escrevendo apenas sobre alguns.

 

 

Ainda, sobre André Tecedeiro: «(...) O André Tecedeiro, contudo, comporta uma retumbante excepção. Às voltas com as questões do corpo, muito outras das que foram trabalhadas exaustivamente por grande tempo no século XX, o seu lugar é uma das últimas novidades masculinas no que ao debate poético diz respeito. O homem que Tecedeiro implica é aquele que falta, o que faz falta, o que ainda nos pode ensinar e deslumbrar. (...). Leia mais.

 E para rematar (e complicar) também nos veio à lembrança:

 

 

Leia aqui

 

ENFIM, ONDE NOS LEVAM AS CONVERSAS! E por isso:

 


 

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