Comecemos pelas coisas boas: amanhã estreia um «LEAR». Como se vê na imagem uma criação do TEATRO DA DIDASCÁLIA e do TEATRO DO BOLHÃO. E que como se constata faz parte da «ODISSEIA DO TNDMII». Que sensação agradável, um clássico! A nosso ver, a que temos direito, na esfera de um Serviço Público. Veja no site do Teatro do Bolhão e no Teatro da Didascália. Já agora, uma agenda mais alargada que tirámos do Didascália (e uma pergunta: não faz toda ela parte da «odisseia»?) :
Ainda, de um dos sites visitados - «Coprodução: Teatro da Didascália, Teatro do Bolhão, Teatro Nacional D. Maria II, Casa das Artes de Famalicão» | Para quem mais distante dos processos teatrais, assinalamos estes aspetos porque ajudarão a estar-se mais «por dentro» do quanto custa «fazer teatro».
E não resistimos a este destaque: «(...) dramaturgia António Capelo, Bruno Martins, a partir da tradução de Álvaro Cunhal* e Fernando Villas Boas -*direitos da tradução cedidos pela Editorial Avante! (...)». É verdade, Álvaro Cunhal traduziu « O Rei Lear». Estava na prisão.
«Trata-se da tradução de Álvaro Cunhal da obra de William Shakespeare, agora publicada numa nova edição que inclui gravuras de Álvaro Cunhal da época em que fez esse trabalho, enquanto se encontrava preso nos anos 1950».
Mais: «"O Rei Lear" é admirável exemplo da obra dum grande artista assente no espírito criador do seu povo, da fusão do génio individual com o génio popular. Durante séculos, antes de Shakespeare, a «história do rei Lear» foi repetidas vezes contada em crónicas e romances.
A toda esta longa elaboração do génio popular, a todo este longo trabalho colectivo de gerações, Shakespeare (embora aproveitando de obras anteriores ideias fundamentais, incidentes e até palavras e frases) deu forma nova, definitiva e superior, animando as velhas lendas com o espírito crítico da Renascença e com um ideal de justiça e humanidade que em "O Rei Lear" está mais constantemente presente que em qualquer outro dos seus dramas.»
Da introdução de Álvaro Cunhal
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Bom, mas o prazer que é saber do «O Rei Lear» em cena não anula, à medida que vamos contactando mais com a «Odisseia do TNDM», interrogações que se vão instalando - e começamos a perceber melhor o que se vai ouvindo por aí. E como tal será de bom tom dar a conhecer o PROJETO - com tudo a que se «tem direito». Do conceito, aos orçamentos, passando até pela designação. Por acaso, de inicio, pensávamos que o TNDMII ia criar uma programação sua que seguiria em itinerância pelo País ... Mas, pelos vistos parece que não é nada disso ... Entretanto, um desejo: não se pode considerar que o REI LEAR do «BOLHÃO» e do «DIDASCÁLIA» venha a Lisboa, ou por aqui perto? Lá que gostávamos de ver a peça, lá isso gostávamos ... De repente, a curiosidade, como será o «Lear» do António Capelo? Quando se acredita na força do Teatro, é isto!
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E já que estamos a falar de «coisas enormes», aproveitemos a palavra «ODISSEIA», não a desbaratando, e continuemos com clássicos:
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