«País rico é país com cultura
Leonardo Brant (*)
Redes e movimentos culturais lançam novo manifesto, exigindo postura de continuidade do Minstério da Cultura em relação aos programas, editais e propostas de ação do governo Lula.
Iniciado pelo Movimento Mobiliza Cultura, conta com o apoio do Movimento Nacional dos Pontos de Cultura, Movimento PCult (Partido da Cultura), Circuito Fora do Eixo, Casa da Cultura Digital,
Congresso Brasileiro de Cinema (CBC), além de coletivos, cineclubes e outras agremiações e movimentos organizados que encontram resistência na interlocução com o MinC comandado por Ana de Hollanda.
O estopim para a retomada do movimento, que no começo do ano exigira a saída de Ana de Hollanda do Ministério da Cultura (#foraanadehollanda), foi a demissão voluntária de Marta Porto da Secretaria de Cidadania e Diversidade. Nos primeiros rascunhos do manifesto, os movimentos chegaram a atribuir a “autoria” da demissão da secretária.
O movimento é legítimo, luta por uma agenda política progressista e por alguns pontos fundamentais para o desenvolvimento da política cultural brasileira. Reflete, sobretudo, a inabilidade política do novo ministério, que se recusa a compor com forças políticas dentro do próprio PT e de partidos aliados, como PCdoB, que perderam espaço no novo MinC.
Mas é, ao mesmo tempo, uma agenda muito genérica e requentada, cheia de palavras-de-ordem, vazias de significado prático. E traz um equívoco de leitura política, ressaltando o protagonismo e os pontos positivos da gestão anterior, sem relativizar os problemas deixados por ela, como a dívida do #ficajuca, pagamentos atrasados de editais e pontos de cultura e fragilidade jurídica de muitos programas e ações, à deriva.
Pelas redes, a central de boatos dá conta de um processo de demissão em massa no MinC, a partir da crise deixada pela demissão de Marta Porto. Nem o secretário-executivo Vitor Ortiz foi poupado, com sua saída anunciada pela Veja Online. Falei com ele no fim de semana e ele desmentiu o boato. Disse que sua demissão nunca esteve em pauta.
Vamos acompanhar os próximos passos dessa nova crise, que coloca a ministra em situação política delicada perante o governo Dilma, pois foi provocada dentro do próprio MinC, justamente num momento de lançamento de agendas positivas, o que ajudaria o governo a espantar as dificuldades provocadas pela crise econômica que se aproxima do Brasil e pela faxina ética que resultou na demissão de três ministros.
O racha entre a ministra e a secretária Marta Porto se deu justamente pelo boicote ao trabalho de articulação e reposicionamento que a secretária vinha fazendo em sua pasta, chamando a atenção para os principais pontos de continuidade de programas como o Cultura Viva. (...). O resto do artigo.
Qum souber de outros trabalhos tem neste Blogue um espaço de divulgação.
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