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«Após semanas de intensa barragem mediática, numa cruzada em que Governo e Presidente da República procuram cada um surfar mais rapidamente e melhor do que o outro, chegou finalmente a altura de descer à terra em matéria da chamada descentralização. Sendo certo que nesta “mãe de todas as reformas” o móbil principal, sejamos francos, é o do controlo do território, uma das poucas reservas de soberania que ainda vamos tendo, a verdade é que o Património Cultural e Museus comem também por tabela. Regionalista e municipalista, como sou, não tenho qualquer reserva política de fundo quanto à transferência de maiores competências para os níveis da vida cidadã regional e local. Mas tenho tudo contra os processos politicamente opacos e tecnicamente canhestros, promotores da instalação de máfias ou sinecuras, isentas de verdadeiro controlo democrático, garantido pelo contrabalanço de poderes. (...)». Continue a ler.
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