Recorte Jornal i |1MAR2018 |
Um excerto do trabalho do jornal i:
«A Plataforma do Cinema pediu, na sequência
da aprovação em Conselho de Ministros
da revisão ao decreto-lei n.°124/2013,
que regulamenta a Lei do Cinema, uma
audiência com o Presidente da República
antes que seja promulgado o novo
diploma. A informação foi avançada na
manhã desta quarta-feira pelos representantes
da plataforma que junta associações
de realizadores, produtores, programadores,
sindicatos e técnicos do
setor, numa audição parlamentar pedida
pelo PCP.
A aprovação das alterações à regulamentação
da Lei do Cinema aconteceu
ao fim de um ano e meio de um braçode-ferro
com a tutela que acabou por
dividir também o setor - em particular,
no que respeita ao artigo 14, que determina
os procedimentos de nomeação
dos júris que avaliam as candidaturas
aos apoios públicos ao cinema e ao audiovisual.
De acordo com o decreto-lei que
continua em vigor, indicados pela SECA
(Secção Especializada do Cinema e do
Audiovisual), um órgão do Conselho
Nacional de Cultura. Função que a Plataforma
do Cinema exige que seja integralmente
devolvido ao Instituto do Cinema
e do Audiovisual (ICA). A SECA não pode ser transformada
numa arena de combate a ver quem
nomeia mais jurados". afirmou Cíntia
Gil. uma das representantes da plataforma
aos deputados. "A SECA pode ser um
lugar de reflexão, mas não pode ser de
escolha de jurados." O que determina o
diploma que aguarda agora promulga ção do Presidente da República e cujo
texto não foi ainda tornado público mas
que as declarações do ministro da Cultura
à saída da reunião em que foi aprovado
indicam que corresponderá a uma
segunda proposta apresentada em novembro
passado, é que passa a ser o ICA a
elaborar as listas de jurados que avaliarão
as candidaturas, mas após consulta
à SECA, a quem caberá a aprovação das
listas definitivas bem como de uma bolsa
de suplentes. Em caso de rejeição de
uma primeira lista, cabe ao ICA elaborar
uma nova a ser de novo submetida
à aprovação da SECA. E em situações de
impasse, esclarecia a proposta enviada
às redações em novembro, prevalece a
posição do ICA.
(...)
OUSADIA OU INÉRCIA? "A Lei do Cinema que o PS apresentou e que a direita chumbou não tinha esta proposta de escolha de júris. Era uma lei que tinha uma abrangência e uma capaCidade de captação de financiamento do cinema muito superior àquela que hoje temos. Tivemos que ir buscar dinheiro aos privados, comprar cumplicidades aos privados, entrar em guerra com privados, e afinal acabá- mos por vir buscar o mesmo montante que tínhamos antes. Foi uma batalha que não deu, infelizmente, retornos. Lamento que não tenhamos tido a ousadia de ir um pouco mais longe." Deixa aproveitada por Cíntia Gil. que foi criticando a "inércia" da tutela num processo que se arrasta há quase dois anos e que levou no ano pa ssado os concursos a abrirem com seis meses de atraso. "Ousadia, se há coisa que falta a este governo é ousadia. Ousadia temos nó que estamos há dois anos a pedir ao governo unia política cultural e que estamos todos disponíveis para discutir coisas que não são os nossos interesses pró prios imediatos para estarmos aqui a falar daquilo que há muito este governo já devia ter feito." E, respondendo a uma pergunta da exministra da Cultura socialista afirmou: sobre que expectativas tem a Plataforma do Cinema em relação a esta direção do ICA, disse ainda que não há "nesta altura razões para grandes expectativas" em relação a uma direção "que tem uma aparência um pouco mais segura do que a anterior perante o setor, que de pouco adianta". A falta de expectativas, sublinhou, "também vem de o presidente do ICA ter dito que não sabe nomear jurados - a partir daí, o grau de expectativa baixa bastante. Mas dou-lhe ainda o beneficio da duvida, coisa que não dou a esta tutela."».
(...)
OUSADIA OU INÉRCIA? "A Lei do Cinema que o PS apresentou e que a direita chumbou não tinha esta proposta de escolha de júris. Era uma lei que tinha uma abrangência e uma capaCidade de captação de financiamento do cinema muito superior àquela que hoje temos. Tivemos que ir buscar dinheiro aos privados, comprar cumplicidades aos privados, entrar em guerra com privados, e afinal acabá- mos por vir buscar o mesmo montante que tínhamos antes. Foi uma batalha que não deu, infelizmente, retornos. Lamento que não tenhamos tido a ousadia de ir um pouco mais longe." Deixa aproveitada por Cíntia Gil. que foi criticando a "inércia" da tutela num processo que se arrasta há quase dois anos e que levou no ano pa ssado os concursos a abrirem com seis meses de atraso. "Ousadia, se há coisa que falta a este governo é ousadia. Ousadia temos nó que estamos há dois anos a pedir ao governo unia política cultural e que estamos todos disponíveis para discutir coisas que não são os nossos interesses pró prios imediatos para estarmos aqui a falar daquilo que há muito este governo já devia ter feito." E, respondendo a uma pergunta da exministra da Cultura socialista afirmou: sobre que expectativas tem a Plataforma do Cinema em relação a esta direção do ICA, disse ainda que não há "nesta altura razões para grandes expectativas" em relação a uma direção "que tem uma aparência um pouco mais segura do que a anterior perante o setor, que de pouco adianta". A falta de expectativas, sublinhou, "também vem de o presidente do ICA ter dito que não sabe nomear jurados - a partir daí, o grau de expectativa baixa bastante. Mas dou-lhe ainda o beneficio da duvida, coisa que não dou a esta tutela."».
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