Tirada daqui |
Em jeito de ponto de situação, e porque muitos e muitas têm contactado o Elitário Para Todos, façamos aqui eco do que nos chega. Desde logo, ao mesmo tempo que os agentes culturais vêm para a rua muitos deles estão a lutar noutra frente: a utilizar a audiência de interessados. E dizem-nos que têm sido muitos a fazê-lo. Lembrar que o Senhor Primeiro Ministro, ele mesmo, no Parlamento, antecipou que situações haveria que certamente seriam resolvidas por esta via, nomeadamente a propósito de um caso concreto aparecido no debate trazido pelo deputado Jerónimo de Sousa. É preciso ter presente que os «REPESCADOS» não resolvem a situação imediata nas suas diversas dimensões: de facto,em particular, não abrange todos os que ficaram «de fora», injustamente, nem aqueles que embora desde início contemplados têm corte no «montante troika» - veja-se o caso do Festival de Teatro de Almada.
Ou seja, agora, uma das prioridades é olhar para a constituição dos júris, e para os resultados dos seu trabalho e como é que o mesmo se desenvolveu. Para isso, do que se pode saber através da comunicação social:
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«No caso do Festival de Almada, houve
um corte de 110 mil euros o que, segundo Rodrigo Francisco, deixa a realização
do certame em risco. A verba a atribuir ao Festival de Almada sofreu um corte
em relação ao atribuído nos últimos cinco anos, incluindo aqueles em que a
'troika' esteve em Portugal. "Espero que a situação venha a ser
revertida", frisou». veja também
aqui.
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“Os pareceres dos júris neste concurso são uma vergonha de desqualificação, de incompetência, de ignorância e regionalismo e, portanto, acumularam-se todos os problemas com um efeito de restrição orçamental” - Francisco Louça.
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« Pedro Rodrigues, produtor de A Escola da Noite, deu conta da "ansiedade" que se vive na sua companhia, apesar de ter entrado no grupo dos 43. "Não sabemos se vamos ter financiamento nem quanto", sintetizou».
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« Já o diretor artístico e maestro titular da Banda Sinfónica Portuguesa, Francisco Ferreira, explicou que, além da "solidariedade" com as várias companhias e entidades presentes no protesto, marcava presença porque a instituição que representa "não se revê na forma e critérios de avaliação feitos pela Direção-Geral das Artes recentemente"».
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«A acta do júri é particularmente acintosa. Apelida
a companhia de “autista”, aparentemente por ir promover um curso livre de
teatro na convicção de que pode transmitir algo da sua experiência a actores
mais novos, e considera a candidatura “descritiva e displicente”, permitindo-se
ainda uma farpazinha irónica ao acrescentar ser isso “de estranhar”, dados “os
25 anos de trabalho regular” que A Escola da Noite assume ter no texto da
candidatura.
Lamenta também não encontrar justificação para o plano de
actividades “reunir e ligar nomes tão díspares como Gil Vicente, Molière, Hélia
Correia, Harold Pinter ou Heiner Müller”. António Augusto Barros,
director artístico d’A Escola da Noite, oscila entre a indignação e o
divertimento por constatar que um dos autores invocados pelo júri
da DGArtes não consta da candidatura: “Vão ao ponto de inventar que
vamos fazer uma obra de Molière, e até gostaríamos muito, mas não está
previsto”».
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E já agora este post anterior:UM ACRESCENTO, OU MAIS UM BRÓCOLO PARA O MOLHO. E talvez faça sentido que seja também divulgado o curriculo das pessoas da DGARTES que presidem aos júris.
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«A Casa Bernardo Sassetti, uma associação sem fins lucrativos, candidatou-se este ano pela primeira vez ao apoio da Direção-Geral das Artes (DGArtes), mas a candidatura foi rejeitada por falta de ligação à autarquia». Leia aqui.
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Entretanto, tudo o que se está a passar para que seja operacionalizado não necessita de medidas legislativas?
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Atualizado
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