terça-feira, 3 de abril de 2018

FERNANDO MORA RAMOS |«O Estado, mais que o controlo e a repressão, tem a função de fazer crescer e aprofundar, refundar e reformar a democracia, única resposta às criminalidades e disfunções de todos os tipos, nomeadamente as do mercado. Essa seria a reforma estrutural das reformas estruturais»

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6. Uma resposta deste tipo, construída como política inclusiva — palavra de que António Costa gosta — e atenta ao que está no território com potência de acção artística real, resolveria as questões colocadas pelo precário “povo dos concursos”, de que faço orgulhosamente parte há 43 anos como profissional de teatro. Os concursos neste regime teriam uma função complementar e poderiam ser adequados de escala e objectivos, de meios e territórios. (...)

  8. Infelizmente, a nossa “incapacidade” é devida em parte a uma certa “irresponsabilidade e incompetência atávicas”, não específicas deste poder mas de todos os poderes que são poderes desde Abril, em todas as esferas em que se exercem — deste ponto de vista não há grandes diferenças e onde parece que há, vistas as coisas de perto, não é bem assim: o que não há é escrutínio profundo e sério em função dos interesses dos cidadãos. E esse escrutínio estatal não seria policial, antes estímulo. O Estado, mais que o controlo e a repressão, tem a função de fazer crescer e aprofundar, refundar e reformar a democracia, única resposta às criminalidades e disfunções de todos os tipos, nomeadamente as do mercado. Essa seria a reforma estrutural das reformas estruturais. (...)». Leia na integra.


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