sábado, 16 de junho de 2018

A GENTE NÃO VAI PARAR (8) | Felizmente vem aí o Festival de Almada, diferente do imaginado | E ANUNCIAM-SE CONVERSAÇÕES PARA RESOLVER «UMA QUESTÃO PONTUAL»

 

«Vem aí o Festival de Almada (mas não o imaginado há seis meses)


Depois de superada a ameaça sobre a 35.ª edição, o Festival de Almada vai mesmo ter lugar, de 4 a 18 Julho. E foi anunciado por Inês de Medeiros o início de conversações com a Secretaria de Estado da Cultura que possa garantir a sua viabilização futura.
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O texto assinado pela presidente da Câmara de Almada incluído no programa desta edição — que decorre de 4 a 18 de Julho —, acusa o corte no financiamento da companhia de ser “tanto mais incompreensível e absurdo" pois "surge a poucos meses da abertura do festival, comprometendo assim parte da sua programação”. Essa mesma ideia é confirmada ao PÚBLICO por Rodrigo Francisco. “Este não é o festival que tínhamos imaginado”, reconhece. “Não contávamos com o que aconteceu este ano no concurso da DGArtes. Nada fazia prever isto.”
Inês de Medeiros havia, no entanto, de revelar no seu discurso que estarão a ser encetadas conversações com a secretaria de Estado da Cultura para a questão ser resolvida atempadamente nos próximos anos. Ao PÚBLICO declarou em seguida que o objectivo é ver reconhecido “o festival enquanto acontecimento único e estruturante do país”. No seu entender, não se trata de abrir um regime de excepção para o Festival de Almada, mas sim de “resolver uma questão pontual” que possa contribuir para a abertura de uma “reflexão sobre os grandes eventos culturais do país”, valorizando “a sua importância estratégica para o desenvolvimento, a promoção, a internacionalização, a renovação de todo o nosso tecido cultural”».

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É evidente que o que aconteceu à Companhia de Teatro de Almada é um absurdo, como amplamente temos deixado denunciado aqui ano Elitário Para Todos, a várias vozes. E tem de ser resolvido, porque está no domínio do escândalo, mas que de forma solidária deve servir para se olhar para outras situações não tão «famosas» mas igualmente injustas. Pode servir o raciocínio: se isto aconteceu a Almada ...
Face a isto questiona-se a postura que queira resolver o problema como «uma questão pontual», recorrendo-se à maior ou menor facilidade  no acesso ao poder, como o mostra a notícia acima ou declarações anteriores:


Ou seja, há um problema pontual porque há um problema geral. Precisa-se de um Serviço Público nas Artes que considere cada PROJETO COMO ÚNICO!, e não algo anónimo a que se aplica uma formula, ao que é dado ver «mediocre». Em síntese,  o «NOVO» SISTEMA DE APOIOS nasceu velho e não vamos lá com «retoques» ou mobilizando influências, sem com isto se querer desvalorizar o conhecimento que os intervenienetes têm entre si.  Mas o que aqui está em causa tem de ser tratado com o máximo profissionalismo e de forma institucional. PARA TODOS.

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