sexta-feira, 8 de junho de 2018

DA IDA AO PARLAMENTO DOS GOVERNANTES DA CULTURA | Sobre a reestruturação da dgartes e o perfil dos seus dirigentes

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Na generalidade é difícil acompanhar o que vai acontecendo na Cultura,  e somos levados  pelas manchetes da comunicação social,  e aqui e agora, a pedido de «muitas famílias», o nosso modesto contributo para se perceber o «todo». Assim, a pretexto da ida mais recente dos Governantes ao Parlamento, à Comissão que trata da Cultura, com a  demissão da Diretora - Geral da DGARTES a constar da agenda:

1 - Comecemos por sugerir que vejam o vídeo a que se referem as imagens acima, no endereço indicado,  sobre problemas centrais há muito identificados relacionados com a REESTRUTURAÇÃO DA DGARTES e os PERFIS DOS SEUS DIRIGENTES, com clareza colocados pela Deputada Ana Mesquita. E só os distraídos é que não sabem que estes são problemas nucleares e que facilmente se cruzam com as entradas e saídas dos dirigentes, a ritmo alucinante, na DGARTES.  Exemplifiquemos: os Dirigentes Superiores  da Administração Pública têm de ter competências na esfera dos Recursos Humanos; os organismos têm de ter sistemas de informação que detectem anomalias das que dizem estar na base da dispensa da Diretora-Geral em questão. Mais, todos os intervenientes deviam saber que o cargo de Diretora-Geral  não é de confiança política ... Deixemos de lado a notória falta de sintonia entre o Ministro e o Secretário de Estado ... Para um a questão estava fora da agenda,  para outro a questão é prioritária ...e fazia sentido. Para já, o Senhor Ministro retificou no que diz respeito à confiança politica:

 
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 2 - Depois,  lembrar que a nomeação da Diretora-Geral da DGARTES  em questão começou com polémica, (não se tendo percebido desde logo o fundamento para a dispensa do seu antecessor), tendo sido  denunciado nomeadamente em programa de televisão que não tinha as habilitações requeridas. Mas nessa altura os Governantes fizeram a defesa da sua escolha fazendo «ouvidos moucos» para as criticas, e logo ali  percebeu-se que os intervenientes talvez não dominassem as regras da Administração Pública. De uma entrevista do Secretário de Estado:
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3 - Entretanto, houve concurso, com PERFIL que teve de obedecer  às exigências gerais e às que são fixadas por quem tutela o organismo para onde vai o DIRIGENTE. E tanto quanto se sabe  para o lugar  um dos nomes dos três apresentados pela CRESAP para escolha do Secretário de Estado seria a Diretora-Geral aqui visada - e no caso da Subdiretora-Geral que a acompanhava também em regime de substituição foi a escolhida (aliás entretanto já nomeada em Diário da República). E assim  se cumpria o que vem a ser padrão: quem está em regime de substituição é que fica. Como entretanto foi demitida ..., arrepiou-se caminho e abortou-se a nomeação em Diário da República da Diretora-Geral. Não se percebe por isso a razão do Despacho a que nos referimos noutros posts. Ou será que embora demitida  poderia continuar em concurso e poder ser escolhida? Mistérios! Para todos os efeitos o Secretário de Estado mudou de opinião: agora, contrariamente ao que acontecia há dois anos, a visada não tem licenciatura com o tempo exigido. E o programa de televisão desta vez «venceu»!
Mas voltando à questão dos Perfis dos Dirigentes estranha-se as palavras do Secretário de Estado, e recomenda-se que faça um levantamento dos PERFIS FIXADOS nos concursos havidos ao longo do tempo e veja, por exemplo: as habilitações possíveis; as valorizadas; a diversidade de experiências; ...Vão mudando, embora a situação de trabalho continue a mesma. Até há quem já tenha falado em perfil com fotografia consoante os momentos. Mas querem testar?, compare-se o currículo da Diretora-Geral demitida e da entretanto nomeada; e compare-se com o anterior; e com o anterior ao anterior; ... O que há em comum? O melhor será ver  como são diferentes entre si, e interrogue-se em que medida cumprem no que se refere aos conhecimentos fixados na lei para cargos de Dirigentes...Tentando-se simplificar e como «conceito»: deve um/a     Diretor/a -Geral da DGARTES saber de «artes/cultura» ou de administração pública e da sua gestão? Há que fazer opções ..., e saber dos debates havidos sobre a matéria. E esta problemática é extensiva aos demais dirigentes da DGARTES.  Mas também podemos ir por outro caminho e perguntar em que se baseia o Governante para dizer o que quer e como  decide depois. Já agora, certamente   será fácil aceitar que  a preparação dos dirigentes  não será estranha à forma como se concebem plataformas informáticas; como se trata ou não do SIADAP; como se valorizam/desvalorizam os Instrumentos de Gestão; como se lida com o curto prazo e com as questões estratégicas; como não se considera a especificidade de cada uma das artes; como se trabalha com outros organismos; como se articula central com o local  ... Concluindo, sim esta é uma QUESTÃO A TRATAR antes de se abrir qualquer concurso.E evitar que  escolhidos não se vangloriem de que não se reveem nas regras da Administração Pública! Afinçam-nos que isto é verdade!

4 - E agora vamos lá à REESTRUTURAÇÃO DA DGARTES (intrinsecamente ligada ao Perfil dos seus Dirigentes). Podia aqui remeter-se para tudo o que foi dito pelos Partidos que garantem a atual solução governativa aquando do PREMAC, e especificamente para a Cultura, e concretamente para a DGARTES, e só isso chegaria para  obrigar ao tratamento deste «Dossiê». Desmantelou-se o aparelho de Estado da Cultura: vimos, ouvimos e lemos.   Mas será suficiente encaminhar para o que está no Programa do Governo, para declarações do Secretário de Estado, e para a forma como a questão da DGARTES vai ficando pelo caminho em instrumentos fundamentais. Confira por si:



DO PROGRAMA DO GOVERNO

DE ENTREVISTA E INTERVENÇÃO
 PÚBLICA DO SECRETÁRIO
 DE ESTADO DA CULTURA

Leia no Público
Veja aqui

DAS GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA 2018 
OU COMO SE VÃO DEIXANDO CAIR
 ASSUNTOS PELO CAMINHO
Veja aqui


Pois é, mas para se fazerem novas orgânicas, para lá de se seguir o que está na lei, há um longo processo de trabalho com técnicas próprias... Recomendação: recupere-se memória. Compare-se com outros. E facilmente se chegará a uma conclusão: como muitos dizem, neste momento a DGARTES é uma inexistência em termos do SERVIÇO PÚBLICO que deve garantir, e no que diz respeito à ciência e â técnica  em que deve assentar... O Secretário de Estado  (ver acima) falou em «guichet» ... Neste momento nem isso ... Como se pode saber nas Redes Sociais, em 2018 quanto a recebimentos, nada!  Se está nas prioridades disfarçam bem! E recordando-se momentos que dizem de referência: sistema de financiamento às artes; leis orgânicas; perfis de dirigentes; montantes do Orçamento do Estado; Número de Dirigentes; etc; etc; têm de ser pensados e operacionalizados de forma integrada; ... E também num processo transparente, colaborativo e participativo com todos os interessados, e não só com «o setor» ...

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 E pronto, é uma pena que já estejamos na parte final da legislatura ... Mas, a nosso ver, fez muito bem a deputada Ana Mesquita ao trazer estes problemas para a agenda. Agora, é continuar enquanto houver estrada para andar ...
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E uma perguntinha em que muitos estarão a pensar: quantas vezes podem os Governantes errar? E quem deve reconhecer o erro e agir em conformidade?

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