A prática humana
não pode ser a base ontológica fundamental. Só na medida em que transforma
é que pode informar ou formar, dar formas. Não é por si só como tal
instauradora de materialidade.
O presente volume compreende a re-edição de dois textos.
Ontologias da «práxis»
e idealismo desenvolvia o assunto que escolhi (na altura,
altamente polémico) para a lição proferida no âmbito das provas públicas de
Agregação que, meses antes, prestara perante o Júri pela Universidade de
Lisboa nomeado.
Das «ontologias da
práxis» à radicação ontológica da prática correspondeu ao teor
da conferência inaugural de um Colóquio luso-espanhol que, junto com
Francisco José Martínez, organizei, em 1995, na Faculdade de Letras.
Na versão que agora vem a lume, tanto a estrutura expositiva como o
conteúdo expresso foram sem alteração mantidos. Todavia – sucumbindo a um
incorrigido defeito meu, que, na hora do reencontro com prosas antigas,
devém feitio encasquetado –, alonguei-me em acrescentos. Na forma
redaccional (em que o mesmo de outra maneira é dito), no aparelho das notas
de rodapé (ocasionalmente, retocado), na transcrição por extenso de
citações (que, não dispensando a consulta dos originais, facilita,
porventura, a inteligência do enquadramento).
José Barata-Moura
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