quarta-feira, 4 de maio de 2016

DGARTES | «Viver habitualmente» ?




Dizem-nos que o «Viver habitualmente»  - «"viver habitualmente" quer dizer viver feliz com o pouco que se tem, não aspirar a mais do que a uma vida mediana, não ter ambição, etc.» Tirado daqui  - se aplica à DGARTES dos dias de hoje, e de onde há algumas notícias, a confirmar, sem pressas,  (vamos estar atentos ao Diário da República, depois damos notícias):

  •  Os concursos de dirigentes funcionam tão bem   ( na esfera da CRESAP a DGARTES  devia ser caso de estudo ...) que, uma vez mais,  a Subdiretora-Geral terá pedido  a demissão, mas a coisa entrou em tal rotina que os trabalhadores da Direção-geral praticamente não deram pelo acontecimento - quantos dias terá estado em funções? -    e muito menos o setor deu por  isso;
  • Entretanto o concurso para o famigerado lugar a que nos referimos no post DA ORGÂNICA DA DGARTES continua a fazer o seu caminho ... Com expectativa aguardam-se os resultados.
  • Quanto ao SIADAP,  lembram-se ?, aquela coisa que tem a ver com a Avaliação do Desempenho - dos dirigentes, dos serviços, dos trabalhadores -  há muito parece ser uma miragem lá na DGARTES.Consequências: nenhumas.
  • Não se sabe ao certo quantos os trabalhadores em efectivo serviço, consta que a média por cada dirigente é baixa, «poucochinha» ..., mas que importância tem!
  • Mais, também se podia perguntar, ainda que poucos, como é que as pessoas disponíveis estão ser aproveitadas. Mas não vale a pena. Parece que está tudo aconchegado, em paz. 
Bem sabemos que podíamos/devíamos estar aqui a abordar outras coisas, género:

- O real orçamento da DGARTES depois das cativações e afins
- Como é que estão a processar-se os pagamentos dos apoios
- Quando é que abrem concursos pontuais e anuais
-  Quando e como vai acontecer a mudança do sistema de apoios
-  A questão da Plataforma Electrónica e o que se pode esperar do novo SIMPLEX já que o assunto não lhe será estranho
- Porque é que é tão difícil contactar a DGARTES, nomeadamente pelo telefone
- ... e por aí fora.

Mas tudo isto é uma canseira ... Calma. Em particular,  alguém dirá, deixem os novos governantes do Ministério da Cultura - e não esqueçamos o bálsamo que representa a existência de Ministério, que mania esta de se reclamar de tudo  ... - inteirarem-se dos dossiês. Dêem-lhes um período «de graça» e vão ver como se vão operar milagres. Por outro lado,  mais dia menos dia, alguém vai ser chamado ao Parlamento, como habitualmente,  e a verdadeira questão, com isso mesmo, certamente adiada. E a  verdadeira questão talvez seja: para que serve  a DGARTES na presente circunstância? Aliás, dizem-nos, os mais desesperançados,   que morta já estará, que só falta passar a certidão  de óbito.

Bom, e não nos venham com essas coisas das Bienais - que aliás muito têm ocupado os dirigentes - porque para isso não se precisa de nenhuma Direção-Geral. De facto, pense-se no SIZA, só por si, é um MINISTÉRIO! E enche-nos de orgulho, em Veneza ou em outro sitio qualquer. E não precisa da DGARTES.




1 comentário:

  1. "O Siza só por si é um Ministério."
    "E não precisa da DGArtes"...
    Pois é, mas foi preciso esta DGArtes mediana, sem ambição, caso de estudo para a Cresap, que faz concursos para dirigentes intermédios e que até está morta... para Siza ser o mote principal de Portugal em Veneza.
    Afinal, foi preciso tão pouco para Siza, a sua vida e a sua obra estarem na maior exposição de arquitetura. O que importa que Siza tenha dito que se sente feliz por finalmente o seu país o tenha escolhido. O que importa que o tema de Portugal seja dos que mais expectativa está a causar pela sua componente política, social e temática.
    Numa representação com um dos mais baixos orçamentos de sempre, e mesmo assim participado em metade por privados, a DGArtes e todos os que nela trabalham empenhadamente têm motivos para se sentir orgulhosos. Todos? Errado. Há uma que não sente orgulho, nem respeito pelo que se faz todos os dias, com enormes dificuldades pelas políticas públicas de apoio às artes.

    Tanta falta de rigor, tanto azedume, tantos assuntos tratados pela rama, tanto desprezo pelo trabalho dos outros, tanto egocentrismo, tanto comentário leviano e pouco profissional.
    Um post que ilustra bem o declínio de um blogue que acompanhamos há muito e que com muita pena vemos perder qualidade, atualidade e sentido.

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