domingo, 22 de maio de 2016

EFICÁCIA OPERACIONAL NÃO É ESTRATÉGIA | o que naturalmente se aplica também na cultura e nas artes

Recorte do artigo «em papel» da revista HBR
NOV-DEZ 1996

O sumário do artigo da imagem - um referencial, já um clássico, para quem estuda e se interessa por estas matérias - está disponível online e é o que se segue:
«Today's dynamic markets and technologies have called into question the sustainability of competitive advantage. Under pressure to improve productivity, quality, and speed, managers have embraced tools such as TQM, benchmarking, and reengineering. Dramatic operational improvements have resulted, but rarely have these gains translated into sustainable profitability. And gradually, the tools have taken the place of strategy. As managers push to improve on all fronts, they move further away from viable competitive positions. Michael Porter argues that operational effectiveness, although necessary to superior performance, is not sufficient, because its techniques are easy to imitate. In contrast, the essence of strategy is choosing a unique and valuable position rooted in systems of activities that are much more difficult to match».

Por outro lado, também online, temos acesso ao artigo em português (do Brasil):























E porquê trazer este artigo para aqui, para o Elitário para Todos? Porque não nos sai da cabeça sempre que nos vemos  mergulhada, voluntária ou involuntariamente, nos «SIMPLEXs» deste mundo.  E também porque, a nosso ver, os ensinamentos que propicia devem ser tidos em particular conta para a  Cultura e as Artes no nosso País. E ainda porque  há uma literacia em gestão que todos devemos possuir. E falta sublinhar que saudamos militantemente qualquer SIMPLEX, com este ou outro nome, que somos «fanática» pelo digital, em particular pelo que é partilhado online, mas tendo sempre presente, nomeadamente, um dos eixos organizadores do artigo - «EFICÁCIA OPERACIONAL: necessária, mas não suficiente».   E lembremos os  ideólogos da reengenharia: «(...) deve ficar claro que reengenharia não é o mesmo que automação. Automatizar processos existentes através da tecnologia da informação é análogo a asfaltar uma trilha de carro de boi. A automação é apenas uma forma mais eficiente de continuar fazendo as coisas erradas». Ora,  e  pelo que se sabe olhando à volta, o histórico situações há   na cultura e nas artes em que se continua a fazer as coisas erradas e nem sequer se ganhou eficiência. E tudo isso porque à partida não se fez um bom diagnóstico da situação.Ainda não aprofundamos o atual SIMPLEX, até porque não se dispõe de toda a informação para o efeito, mas «cheira-nos» que na esfera de medidas para a cultura se estão a repetir erros do passado ... Aguardemos. Com a leitura ao nosso alcance, neste momento parece-nos mais fácil acreditar em vacas que voam do que na utilidade/viabilidade de coisas enunciadas, o que não admirará se a forma como germinaram é apenas aquela que decorre do que nos é dado ler no site do programa, e reparou-se nos prazos com vista a imaginar-se conteúdos e âmbitos. A pressa, diz-se, nem sempre é boa companheira, mesmo quando o tempo é de urgência. É capaz de ser o caso.


Sem comentários:

Enviar um comentário