quinta-feira, 30 de junho de 2016

CONSELHO NACIONAL DE CULTURA



Leia aqui


Na  notícia da imagem pode ler-se: «Ministro da Cultura nomeou seis novos membros para a secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do CNC. O arqueólogo Cláudio Torres e o atual presidente do Centro Cultural de Belém, Elísio Summavielle, estão entre os seis novos membros nomeados pelo ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, para a secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura.
Um despacho publicado esta terça-feira no Diário da República assinala a nomeação destas seis personalidades "de reconhecido mérito", que incluem, além do diretor do Campo Arqueológico de Mértola (e prémio Pessoa de 1991) e do ex-secretário de Estado da Cultura, os arquitetos Alexandre Alves Costa, José Dinis Canas e Jorge Brito e Abreu, e ainda o arqueólogo João Pedro Cunha Ribeiro, que foi subdiretor do extinto Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR)». Veja no Diário da República o  Aviso n.º 8066/2016 sobre a matéria.
Ora, uma boa ocasião, para se voltara a trazer para o Elitário Para Todos a questão do Conselho Nacional da Cultura, alinhando-se com aqueles que de forma continuada se interrogam sobre o seu conceito, atividade e composição. Por exemplo, ainda recentemente:
«No plano consultivo, o actual autodesignado Conselho Nacional de Cultura (CNC), de cuja Secção de Património Arqueológico e Arqueológico foram excluídas quase todas as entidades independentes e representativas dos cidadãos, constitui uma verdadeira excrescência democrática que importa corrigir imediatamente, retomando o longo fio da história, desde a Monarquia à Democracia inicial, onde nomeadamente a AAP sempre esteve representada nos órgãos consultivos dos governos».Do artigo «O Património Arqueológico nacional: recurso estratégico do futuro» de 23 de junho passado.
Assim, para relançar reflexão, o diploma base que atualmente rege o CNC -  o Decreto-Lei n.º132/2013. De lá: 

Na integra.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

«AMAR» | Novo critério para seleção e recrutamento ?



Leia na integra aqui





Numa altura em que a Cultura está como está, repara-se com mais intensidade no que vai aparecendo na comunicação social sobre a dita. Na circunstância, e em particular,  não se pode deixar sem reparo a construção de narrativas institucionais assentes em leituras pessoais do passado recente. Isto é, de um passado vivenciado por muitos de nós mesmo que só através do relatado pelos jornalistas.  Assim, em linha com o que se tem escrito neste blogue, e pegando na entrevista a que se refere a imagem,  de seguida alguns aspectos.
  • «Entrevista com o presidente da empresa que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado»

Bem se sabe que ninguém quer saber de preciosismos destes, mas a OPART não é uma empresa,  é uma «Entidade Pública Empresarial», e a questão de fundo permanece: qual deve ser o critério de escolha, por exemplo, entre Fundação, Instituto, Entidade Pública Empresarial ... Mais, sendo o que verdadeiramente é  central: porque é que se escolheu juntar e não deixar cada uma das entidades separadas.
  • «Chega à presidência da Opart — empresa que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado (CNB) — conhecendo os cantos à casa. E chega a uma entidade que os sucessivos governos, mal se sentam na cadeira do poder, ameaçam extinguir. Carlos Vargas não percebe o motivo e defende que a vocação da Opart é ser um instrumento — não um fim — ao serviço dos projetos artísticos».
Ora cá está, talvez se comece a encontrar os mentores da criação OPART e, quiçá, do famigerado   ACE - Agrupamento complementar de empresas - que queria juntar não só o TNSC com a CNB mas também o Teatro Nacional D. Maria e o Teatro Nacional S. João, ... Seguindo o argumento do «instrumento», há Organismos na Administração Pública que garantem Serviços Partilhados na perfeição, com boa escala e «expertise». E vamos lá ser rigorosos,  e referenciados ao momento, acabar com a OPART  foi uma promessa na esfera da solução governativa em vigor. E, claro, que se espera que o Governo e os Partidos que o apoiam cumpram o que, direta ou indiretamente, prometeram.E se aceitamos a lógica OPART, volta ACE, estás perdoado ...
  •  Há dois anos nomeou-se um consultor para o teatro de ópera. A Opart tinha autonomia para se opor?
    Em termos formais, nenhuma. Mas pode exercer influência sobre a tutela, se tiver esse capital.
Ah,  o formalismo ! , é bonito de ver. Esquece-se que há sempre a prática: a pessoa alinhar ou não com a solução. Ou seja, no limite há sempre o instrumento «demissão». Ainda para este caso, tão ou mais grave do que o convite, e do que as questões legais, é alguém aceitar que se possa ser Diretor de um Teatro Nacional de um País, e ir ali ao lado, a outro País, «fazer uma perninha» que substitui o Diretor Artístico.

  • A Opart vem sendo ameaçada de extinção pelos sucessivos governos. Porque aceitou presidi-la?
    A Opart é interessante porque não é um fim, mas um instrumento de gestão. Acredito que posso adaptar os processos típicos da administração pública à agilidade que os projetos artísticos requerem. E porque amo o São Carlos e a CNB.
Vamos lá, deixemos os  processos «típicos da administração pública» -  já que a Entidade Pública Empresarial talvez já não esteja no «típico», seja lá o que isso for -  para outra ocasião. E também não valerá a pena  aprofundar, o «instrumento» - e que diabo de expressão para nos referirmos à figura institucional de uma organização ! -   mas pegando nele, no «instrumento», o  que se comenta é precisamente porque se escolheu aquele e não outro.  Mas o que nós queremos eleger é o «amo». Por aqui, pelo Elitário Para Todos, não utilizamos o termo, mas estamos disponíveis para a reconversão, e muito mais se for critério no recrutamento e seleção para Dirigentes do Setor Público. E só pode ... E cá estamos nós também com linguagem  modernaça! Claro, vamos estar atentos à oferta  de  formação profissional, e demais ofertas educativas, e prometemos que desde que identificadas as divulgaremos aqui. Mas, bem vistas as coisas, quem é que não « ama» o São Carlos e a CNB? Talvez quem não defenda o «serviço público» razão de ser da sua existência. Mas ainda assim, podiam ser seus dirigentes. Se calhar, não !


ENTRETANTO:
Florbela Espanca, in "Charneca em Flor" 



Atualizado

quinta-feira, 23 de junho de 2016

«É urgente reerguer a estrutura do Estado e a participação cidadã nas políticas do património»




A nosso ver, um artigo que com facilidade  pode ser generalizado para as demais áreas da cultura. Trabalhos destes levam-nos a acreditar que a mudança é possível. O mais importante existe:  conhecimento para isso. Falta a tal vontade política para que aconteça. Mas temos de acreditar que a atual solução governativa a possui, doutra forma muita coisa não fará sentido.



ASSIM VAI A CULTURA | em fins de Junho de 2016

Expresso | Caderno Principal | 18Junho 2016

Para se perceber a notícia necessita-se de um manual de instruções, porque não é possível que se queira apenas dizer o que está expressamente escrito.  De facto:
-  Como se pode ver na imagem está anunciado que em breve serão abertos os concursos dos Pontuais. E  os outros?, os anuais e a internacionalização?, e porque não abriram ainda ?
- E aquele perigo da segunda «tranche», verdadeiramente o que  se quer dizer? que contratos firmados não iam ser cumpridos? E a situação deve-se a quê?
- Ainda que mal se pergunte quanto ao futuro dos apoios: não vai haver alteração ao sistema? A resposta só pode ser uma tendo em conta o Programa do Governo e os Programas Eleitorais dos Partidos que garantem a solução governativa: sim o sistema vai ser alterado. E só pode ser com ampla participação de todos os interessados. Neste pressuposto há que o País ser informado de como é que isso vai acontecer.
Dizem-nos que depois deste artigo já houve Audição ao Ministro no Parlamento. Vamos procurar  saber o que se passou, pode ser que lá tenham sido feitas as perguntas que qualquer cidadão minimamente interessado faria como as que decorrem do que atrás se escreveu.


terça-feira, 21 de junho de 2016

«Curationism: How Curating Took Over the Art World and Everything Else»



«Now that we ‘curate’ even lunch, what happens to the role of the connoisseur in contemporary culture?

‘Curate’ is now a buzzword, applied to everything from music festivals to artisanal cheese. Inside the art world, the curator reigns supreme, acting as the face of high-profile group shows and biennials in a way that can eclipse and assimilate the contributions of individual artists. Curatorial-studies programs continue to grow, and the business world is adopting curation as a means of adding value to content. Everyone, it seems, is a curator.
But what is a curator, exactly? And what does the explosive popularity of curating say about our culture’s relationship with taste, labour and the avant-garde? In this vibrant, revelatory and original study, David Balzer travels through art history and around the globe to explore the cult of curation, from superstar curator Hans Ulrich Obrist’s war with sleep to Subway’s ‘sandwich artists.’ Recalling such landmark works of cultural criticism as Tom Wolfe’s The Painted Wordand John Berger’s Ways of SeeingCurationism will change the way you look at art – and maybe even the way you see yourself.
‘This is an unusual art book. It is a book you should read and one that you can. Balzer traces the history and current hegemony of curationism, a practice of jumped-up interior decorators who double as priests explaining the gospel to the unlettered masses. A good read, if you don’t mind reading things that you don’t want to know.’ – Dave Hickey». Saiba mais.

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A obra da imagem vem mesmo a calhar, porque ultimamente, se bem nos lembramos, fundamentalmente por causa da Bienal de Veneza - onde existe a figura de curador e comissário, embora depois se verifique que não há uma reação uniforme às «figuras» por parte dos envolvidos - que surgiram conversas acerca do assunto, para se responder à pergunta: Qual a diferença entre Curador e Comissário? Concluímos que são designações diferentes para a mesma função.  E a propósito, veja-se Curador ou Comissário… Quem é?onde podemos ler, por exemplo,  o ponto de vista do saudoso Paulo Cunha e Silva:


«Paulo Cunha e Silva: “O curador/comissário (a preponderância anglo-saxónica também no sistema das  artes     não é    desprezável, daí que o curator tenha desalojado o comissaire) é alguém que cria um discurso com o discurso dos outros. Isto não quer dizer que o segundo (o metadiscurso do curador) seja mais importante que o primeiro (o discurso do artista). Ou seja, o curador faz um alinhamento particular do mundo revelado pelo artista e assim contribui para novas leituras, que o espectador configura”».

EXCERTOS | Sobre as «barrigas de aluguer»



Pediatra Mário Cordeiro - leia aqui, no Observador



domingo, 19 de junho de 2016

«ÁFRICA MINHA» | «ÁFRICA NOSSA»




Este post é sobre África de língua oficial portuguesa, mas pode ajudar lê-lo ao som do «África Minha» - que filme!, em especial para quem de uma ou outra forma conhece, no terreno, algo de África -  cria ambiente, e talvez contribua para reduzir a irritação ao ver-se como  coisas acontecem.  Mas vamos lá então ao ponto, que na circunstância passa pelas «estórias» contadas nos seguintes posts,  de Maio último, de Alexandre Pomar:

África.Cont em “projecto” de 2008 a 2016 

Numa altura em que a Câmara de Lisboa se propõe introduzir o "Projecto África.Cont" na EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa, mediante aprovação de uma proposta na Assembleia Municipal (proposta adiada em 19 de Abril), convém recordar uma informação de 23 de Dezembro de 2008: Continue a ler.

Nunca divulguei este documento, de 19-01-2009, embora não tenha havido pedido de reserva. 
Rui Vilar então presidente da FG, distancia-se do África.Cont, e distancia a FG, afirmando que "ficou estabelecido no contrato que assinámos com a Câmara que a não realização daquele equipamento cultural no prazo previsto (5 anos) determina a resolução do contrato e implica a restituição à Fundação das quantias entregues". Restituiram?#‎casoAfricaCon
(...)

Não valia a pena tentar porque a ideia das continuidades é recusada por quem manda e pq Pinto Ribeiro e Fernandes Dias eram reconhecidos inimigos a ocupar os mesmos terrenos. Consegui então que o Rui Vilar avançasse com alguns dinheiros da Gulbenkian (para viagens?) e eu apoiei outras despesas (mais alguém?).

O Africa.Cont era uma ideia megalómana e "elitista" (colonialista, de facto), a quem essas coisas africanas menores não interessavam. Aconteceu depois que a representação foi muito fraca e economicamente errada - em especial as fotos do Ricardo Rangel não assinadas que não podiam ter compradores.  Leia na integra.
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Entretanto, e se calhar as coisas nem se tocam, mas isto é como as cerejas, vêm umas atrás das outras:  não só para África mas para todo o «mundo de língua portuguesa» tempos o Portal 9, que chamou a nossa atenção porque é um Projeto onde está a Fundação Gulbenkian. 


Veja aqui

Face ao que nos é dado ver e ler: alguém consegue perceber o verdadeiro conceito da Plataforma, a sua capacidade tecnológica, a forma como é alimentada ? E divulgada? A chancela «Gulbenkian» habituou-nos a não termos estas interrogações ..., estranhos os tempos que vivemos.



sábado, 18 de junho de 2016

DIRIGENTES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA | Competências e formação | E VER «CASOS» É NO MINIMO PEDAGÓGICO

Na integra aqui


Não faltam pretextos para este post que, como o mostra o titulo, tem a ver com as competências e formação dos Dirigentes da Administração Pública. Face a estas competências como interpretar, por exemplo, estes casos?, no âmbito do Ministério da Cultura, ou seja, o Despacho n.º 7539/2016 e o Despacho n.º 7538/2016, ainda que se refiram a situações em regime de substituição. Ou será que a substituição está transformada em estágio/tirocínio? Por outro lado, quanto à formação profissional como é que ela pode acontecer quando a preparação de base nas «áreas de competência» não existe? Pelo institucionalizad0  e pelas práticas que se observam podemos ter dirigentes  que no mínimo durante dois anos podem não ter formação académica nem profissional necessária aos cargos que ocupam. 

 


E pronto, parece que só nos resta continuar atentos e, em particular, reparar no PERFIL PROFISSIONAL que vai ser fixado para cada um dos lugares para os quais, como previsto na lei, deve ser aberto concurso no âmbito da DGARTES. Mas já agora, é de lembrar que foi prometido que a DGARTES ia ser reestruturada, como outros organismos do MC, e isso mesmo decorre do programa do governo. Durante a campanha eleitoral, e antes dela,  falou-se do estado de calamidade em que a Cultura tinha sido lançada! Ora, assim sendo, manda a técnica, o bom senso, e tudo o mais de que nos lembrarmos, que era melhor não «pôr o carro à frente dos bois»  ... Mais, como se pode ler neste post, há um Diretor que cessou funções porque vai haver uma nova orientação à   gestão dos serviços.



De que se estará a falar? O que é que isto quererá dizer? Nisto se poderá encontrar mote para um livro da coleção Vampiro agora relançada. O titulo do último é bem sugestivo: «VIVENDA CALAMIDADE». Aqui no Elitário ainda ninguém leu, mas está na calha ...





A sinopse promete: «Decidido a iniciar a redação do seu próximo romance policial num ambiente de tranquilidade, Ellery Queen deixa Nova Iorque e aporta a Wrightsville, típica cidade provinciana onde os dias parecem correr sem que nada de diferente aconteça. Os hotéis, porém, estão totalmente ocupados e não parece existir uma única casa para arrendar - à exceção de um pequeno anexo à mansão da poderosa família Wright, originalmente construído para acolher a filha Nora e o seu noivo, Jim Haight, antes de este desaparecer na véspera do casamento havia já três anos. Primeiro livro de Ellery Queen que tem como cenário esta cidade ficcionada, considerado o melhor da série Wrightsville, Vivenda Calamidade é um romance de grande riqueza psicológica, revelador de uma estrutura notável, onde as mortes se sucedem numa lógica irrepreensível e onde um elegante cocktail numa festa de passagem de ano pode ser a arma do crime».

E quantas vezes a realidade não ultrapassa a ficção! Ao ponto de contada ninguém acreditar.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

CLEMENT GREENBERG | «Art and Culture»



«"Clement Greenberg is, internationally, the best-known American art critic popularly considered to be the man who put American vanguard painting and sculpture on the world map. . . . An important book for everyone interested in modern painting and sculpture."—The New York Times». Saiba mais.



terça-feira, 14 de junho de 2016

TALVEZ LHE INTERESSE | Manifesto em Defesa da Cultura em «Oficina de Formação de Activistas»


Estrutura genérica da Oficina


1) Apresentação do tópico
2) Discussão em colectivo
3) Síntese do orientador(es) + 15 minutos de debate livre 
cada 45 minutos discussão orientada


Temas

O Manifesto em defesa da Cultura. Política de destruição da Cultura. Outra política para a Cultura.

A Oficina é dirigida e aberta a todos os activistas do Manifesto e outros interessados
Inscrições para o jantar necessárias! 

 Inscrevam-se até ao final de quarta-feira!