Tirada daqui. |
Se quer saber o assunto deste post, leia, por exemplo:
Diretor-geral
das Artes “revoltado" com exoneração pede explicações a António Costa ou Ministro
da Cultura demite director-geral das Artes. E mais recentemente: Paula
Varanda e Ana Senha nomeadas para a Direção-Geral das Artes ou Paula Varanda nomeadadiretora-geral das Artes - Nova diretora-geral das Artes concorreu nas listas do
Livre/Tempo de Avançar às legislativas de 2015. O seu manifesto era simples:
"contra a pobreza artística e a riqueza futebolística".
Face ao que se lê, desde logo, a grande sobra: estas cenas - mudanças de dirigentes na DGARTES - têm-se sucedido ao longo dos tempos a um ritmo alucinante. Para quem o quiser lembrar, é só - se tiver tempo e paciência - fazer uma incursão no Elitário Para Todos. Agora do que se poderá acrescentar e sublinhar :
- A questão do Dirigentes é apenas (não despiciendo) um dos problemas da DGARTES, e para que nos poupem a estes «espectáculos», e não se desbaratem os nossos impostos (sim esta rotação acelerada tem custos), convém que se defina com critério o PERFIL para as chefias, de nível superior e para os lugares intermédios. (A propósito já foi nomeado o dirigente a que nos referíamos neste post, e ainda se está em período de reclamção/recurso, portanto, tudo pode acontecer). Aliás, nos tempos que correm, a qualquer momento tudo pode acontecer, para o bem e para o mal. Sobre aquela coisa da estabilidade, estamos conversados. Neste redopio uma exigência que nos parece básica: esclareçam-nos sobre o papel da CRESAP. E como certamente em breve vão abrir concursos - as dirigentes agora nomeadas foram-no em regime de substituição, e só isso tem que se lhe diga, e não esquecer as potenciais vantagens que trará no próximo concurso e noutros - a questão do perfil é por demais urgente. Tão diferentes são os que têm passado pelos cargos aqui em causa que, leva a crer, todos os portugueses terão perfil para o lugar.
- A DGARTES tem de ser reinventada: não é possível fazer o que quer que seja, com futuro, através da orgânica institucionalizada, e o número de pessoas existentes, e os níveis orçamentais atuais. Aliás, neste quadro, e comparando com outros organismos, não se percebe porque tem de haver Diretor(a) e Subdiretor(a), e por maior razão se são nomeações transitórias. Alterar este estado das coisas está para lá da própria DGARTES.
- E a DGARTES não tem de ser uma «plataforma», como têm vindo a dizer, seja lá o que isso for, mas sim um verdadeira organização da Administração Pública Central que tem de obedecer ao que é próprio de todos os serviços que estão nessa condição, e àquilo que lhe seja especifico que neste momento é difícil descortinar. E os dirigentes têm de ter conhecimentos sobre isso mesmo. Ou será que não? Por exemplo, não é admissível que a situação dos designados instrumentos de gestão seja esta:
Acabado de ver, ou seja, na primeira hora de 1 de junho de 2016 |
- Por outro lado, parece que a leitura «oficial» vai no sentido de que a DGARTES se tem esgotado na atribuição de subsídios - o que falta ser provado -, mas admitindo que assim seja, então não nos desviemos do nuclear desta questão: os montantes dos apoios são miseráveis, e os processos seguidos na sua atribuição amplamente contestados em termos artísticos e administrativos. Neste particular dos financiamentos às artes enquanto serviço público, uma síntese que parece acolher o muito do que se tem dito: o sistema de apoios atual está esgotado. Se é para fazer mais do mesmo, na circunstância, a mudança de dirigentes pouco peso terá.
- Ainda, leitores, atentos à proveniência de pessoas que têm entrado para o Ministério da Cultura, conseguem detetar um padrão: a EGEAC está a ser fonte de recrutamento. Não temos essa contabilidade mas, certamente por acaso, é daí que vem dirigente da DGARTES agora nomeada.
Por fim, mais do que verdadeiramente, a nosso ver, tem importância: qual a função do PROGRAMA DO GOVERNO em todo este enredo? Como é que os Partidos que apoiam a solução governativa olham para o que se está a passar? E uma certeza: pessoas que muitos gostariam de ver neste lugares jamais se candidatarão, ou aceitarão convite, porque não estão para passar por esta exposição pública (quiçá humilhação) no que se refere a nomeações, exonerações, e afins. Na DGARTES e não só.
Para terminar, não sabemos muito bem o porquê, mas esta atmosfera - desoladora? - levou-nos ao jogo «tira, rapa, deixa e põe». Daí a imagem do início.
E aguardemos os próximos capítulos ...
E aguardemos os próximos capítulos ...
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