Montagem a partir daqui. |
As coisas são o que são, em post recente - no «Extraordinariamente» - abordamos Bienais, e dois dias depois soubemos de outra bienal, através de alerta Google, que nos encaminhou para «Sexismo representa Portugal na primeira Bienal de Design de Londres». É de lá esta passagem:
«(...)
Manuel Lima contou
que em 2015 foi convidado pela Direção-geral das Artes (DGArtes) para ser o
curador da exposição representativa de Portugal na bienal, achou o projeto
"muito interessante" e, "de mediato", pensou em Marta de
Menezes e Pedro Miguel Cruz.
"Quis unir a componente digital e computacional do trabalho
do Pedro com a combinação muito interessante entre biologia, ciência e
tecnologia que a Marta tem explorado ao longo dos últimos anos", explicou.Manuel Lima disse que, "há cerca de dois meses", a
DGArtes mudou de direção e comunicou-lhe que "não poderia continuar a
suportar financeiramente" o projeto de participação de Portugal na bienal
e foi nessa altura que contactou a associação Cultivamos Cultura para procurar
apoio.Disse ainda que a associação, que é dirigida por Marta de Menezes
e "tem apoiado bastante e, se calhar, é a associação que mais conhece a
dinâmica entre a arte, a ciência e a tecnologia em Portugal", decidiu
apoiar e produzir a exposição representativa de Portugal na bienal. (...)».
Necessariamente, alguém tem de nos contar o que se passou e o que se está a passar! Sobre o caso concreto da Bienal de Design de Londres, (visite o site a que se refere a imagem acima, onde, como pode conferir, está assinalado o envolvimento da DGARTES), e, mais importante - reclamamos - sobre a «Politica Pública» subjacente a tudo isto, e assim voltamos ao post «Extraordinariamente».
Entretanto, através da comunicação social, soube-se das intenções do Senhor Primeiro Ministro quanto à Cultura (destaque nosso):
«O primeiro-ministro garantiu esta quarta-feira que o Orçamento do Estado (OE)
para 2017 vai continuar a devolver rendimentos aos portugueses e elegeu
a educação, saúde e cultura como as áreas de reforço de políticas.
"Estamos a acabar a preparação do OE 2017. 2016 foi o Orçamento
da reposição dos vencimentos, ode 2017 tem de ser também o
da prossecução dessa finalidade, de reforço de políticas como
educação, saúde, cultura, decisivos para o futuro colectivo", disse António Costa»
Pois é, Senhor Primeiro Ministro, reforço de políticas não tem só a ver com verbas, tem a ver também, por exemplo, com a gestão geral e específica das organizações públicas, na circunstância com a da Direção-Geral das Artes, que tem de ser refundada, e pensávamos já estar demonstrado. E isso não passa por mudar dirigentes para fazerem o mesmo, e da mesma forma ..., embora se tenha argumentado o contrário aquando da substituição:
«O primeiro-ministro garantiu esta quarta-feira que o Orçamento do Estado (OE)
para 2017 vai continuar a devolver rendimentos aos portugueses e elegeu
a educação, saúde e cultura como as áreas de reforço de políticas.
"Estamos a acabar a preparação do OE 2017. 2016 foi o Orçamento
da reposição dos vencimentos, ode 2017 tem de ser também o
da prossecução dessa finalidade, de reforço de políticas como
educação, saúde, cultura, decisivos para o futuro colectivo", disse António Costa»
Pois é, Senhor Primeiro Ministro, reforço de políticas não tem só a ver com verbas, tem a ver também, por exemplo, com a gestão geral e específica das organizações públicas, na circunstância com a da Direção-Geral das Artes, que tem de ser refundada, e pensávamos já estar demonstrado. E isso não passa por mudar dirigentes para fazerem o mesmo, e da mesma forma ..., embora se tenha argumentado o contrário aquando da substituição:
«iv) Necessidade de imprimir
nova orientação à gestão
dos serviços».
De facto, para nova
orientação é preciso CONCEITO, TÉCNICA e INTUIÇÃO. E nada disto acontece «de
estaca».
Para encadearmos as coisas, vejamos o post «LEMBRAR O QUE
LÁ VAI ... PASSADOS DOIS MESES». Agora já lá vão TRÊS MESES. E o
grande saldo: o passado legitimado, porque não se vê mudança alguma - o que era previsível. E, a
acreditar na ciência, na técnica e na experiência, mudança não vai
acontecer enquanto o todo não for tratado. E nesse processo há grandes
hipóteses - em especial no presente contexto de poupança, e fazendo benchmarking - de se chegar à conclusão que não faz sentido
haver Diretor(a)-Geral mais Subdiretor(a)-Geral. Façam contas e apure-se o que se pode poupar, e conseguir em termos de resultados, remanejando dirigentes dos diferentes níveis. Mas Senhor Primeiro Ministro, se
bem se leu, isto está tudo no seu Programa do Governo. Não vale a pena «tapar o
sol com a peneira», mande fazer uma auditoria à DGARTES como ponto de partida
para a sua reestruturação ... que tem de ser desencadeada ao mais alto nível, como mandam «os manuais» e a vida. Assim ... a modos como a CGD. Neste domínio a cultura não tem de ser tratada de forma diferente, antes pelo contrário, exigir-lhe rigor de gestão e exemplaridade tem de ser a regra, e até para isso mandar quem disso objetivamente precisar voltar à Escola. Bom, não precisa de ser para o INSEAD, no País há cursos de Gestão Pública. Mas o recomendado, como se sabe, é definir o PERFIL PROFISSIONAL - e acabar com o que tem acontecido, onde tanta tem sido a diversidade das pessoas que têm ocupado os cargos de dirigentes na DGARTES ( superiores e intermédios), a um ritmo alucinante, que dá ideia que qualquer cidadão os pode desempenhar - de maneira fundamentada e depois incentivar a que os melhores se candidatem, e recrutar e selecionar com critérios verificáveis. Afinal, o trivial em qualquer ADMINISTRAÇÃO ABERTA em que impere a transparência e gerida profissionalmente.
.
. .
E, claro,
Participantes na Bienal de Design de Londres
que tudo corra bem!
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