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O artigo, publicado ontem, termina assim:
«(...)Ou seja, existem realmente políticas alternativas e o actual governo, ao nível do seu programa, até parecia disposto a percorrê-las. Mas depois de cumpridos os mesmos rituais de sempre em matéria de rotação de cadeiras dentro dos limites de bom comportamento e solícita disponibilidade que os aparelhos partidários e as redes de amiguismo permitem, corre-se visivelmente o risco de ter já consumido tudo em foguetes - e bem sabemos como estes podem queimar. Ora, a dura realidade e o tempo, cruel e irrecusável como sempre, encarregar-se-ão de fazer a prova dos factos, mostrando que o MNAA, em nova fatiota levianamente feita à medida, continuará a queixar-se de falta de autonomia real. E os restantes palácios e museus da DGPC continuarão a queixar-se da sua penúria e dependência, acrescentando agora a revolta surda de verem ser retirada do bolo comum que principalmente os monumentos, e complementarmente o orçamento do Estado, garantem, mais uma fatia, provavelmente superior, destinada a alimentar quem agora deles se quis apartar. A diferença é que quem sai continuará a celebrar e protestar na praça pública; e os que ficam permanecerão mudos, quedos, temerosos e cada vez mais tristes. Confesso que me divido na compreensão que ambos me merecem. Ou como diria o outro, entre les deux mon coeur balance».
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