domingo, 4 de setembro de 2016

ENTRE A «CALAMIDADE» E O «PARA JÁ NÃO»




A montagem da imagem recorreu  às notícias do Público e do Observador que pode ler aqui e aqui.
Eventualmente, um Diretor não deverá ter aquele registo - e talvez se estranhe porque o seu trabalho e o «seu organismo» têm sido apontados como «a joia da coroa», quase secando tudo o que se passa à volta, e apetece recorrer ao «no melhor pano cai a nódoa» -,  registo eventualmente tido de forma natural tal será a inquietação que habita o dirigente. Inquietação que qualquer visitante ao Museu pode partilhar - só não vê quem não quiser ver. E talvez agora se perceba melhor o que os trabalhadores do MNAA têm vindo a denunciar ao longo dos tempos.
Mas neste enredo o que nos deixa verdadeiramente perplexos é o «para já não» do Ministro. Se  um esteve mal, o outro ..., e há coisas que quando partidas desta forma já não se colam. Ah, a força das palavras !
Agora olhemos para o lado positivo: há um problema, que é de todos nós, e ganha-se se os cidadãos se apropriarem dele, na circunstância por entre o brilho e a excelência  com  que o Museu de Arte Antiga nos tem vindo a brindar, e para o que institucionalment temos sido alertados,  numa escala, eventualmente, desadequada. Como este incidente, para já,  o parece mostrar. Nas organizações, atingir o equilibrio em andamento  é mesmo difícil, mas é o único a ter como propósito, o que é contrariado por ritmos lentos, e interregnos,  a empurrarem o «já» para a frente. Assim não se vai ! E por maior força de razão quando o tempo é de urgência, urgência que não há maneira de ser reconhecida e assumida na Cultura: para o MNAA, e para o resto.




Sem comentários:

Enviar um comentário