Começamos a ter leitores empenhados - e informados - que nos alertaram, comentaram e ampliaram, para o que vem na FOCUS de hoje:
Cargos Fantasmas
Apesar da restrição de admissões na função pública, o Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais, sob a tutela do extinto Ministério da Cultura, fez publicar um anúncio de um concurso para admissão de sete técnicos superiores. A publicação ocorreu dia 24, no suplemento Ípsilon, do Público. Resta saber se Francisco José Viegas, o secretário de Estado que ficou com a pasta, teve conhecimento.
Ora, trata-se do que se designa por Concurso Interno o que significa que não vão entrar pessoas novas. É difícil os jornalistas irem ao fundo destas questões, temos que constatar. Contudo, talvez o bom senso recomende, para já não se chamar a técnica, dado o momento que se vive, se espere pelas mudanças mais amplas anunciadas pelo Governo e previstas na campanha eleitoral, e não se activem procedimentos destes. No mínimo dá mau aspecto.
Mas muito mais «exótico» do que isto é o que se passa na Direcção Geral das Artes - DGARTES.
Começando por relatar aquilo que já é um «clássico» na DGARTES: nomeiam-se chefias em regime de substituição e depois abrem-se concursos. Advinhem, quem é que fica em primeiro lugar? É isso mesmo, em regra, olhando o passado, os que estavam em regime de substituição.
Com a entrada do actual Director o folhetim repetiu-se, com ele duas chefias em regime de substituição - uma Directora de Serviços e uma Chefe de Divisão. E aqui vai a actividade nos últimos meses:
- Por Despacho do Director-geral de 18 de Maio, publicado no Diário da República, 2ª. série, a 20, é aberto Procedimento Concursal para Chefe de Divisão de Modernização Administrativa e para Director de Serviços de Apoio às Artes.
-Por Despacho do Director-Geral de 26 de Maio, publicado a 27 no Diário da República, 2.ª série, como pode ver aqueles despachos são dados sem efeito (consta que por imposição do Gabinete Governamental). Lembra-se que por esta altura a comunicação social denunciava nomeações que estavam a ser feitas pelo Governo que ia sair.
-Por Despacho do Director-Geral de 26 de Maio, publicado a 27 no Diário da República, 2.ª série, como pode ver aqueles despachos são dados sem efeito (consta que por imposição do Gabinete Governamental). Lembra-se que por esta altura a comunicação social denunciava nomeações que estavam a ser feitas pelo Governo que ia sair.
- Qual não é o espanto (se é que alguma coisa já espanta) aqueles Procedimentos concursais voltam a ser abertos no dia a seguir às eleições, como se pode verificar pelo Diário da República, 2ª série, de 15 de Junho.
Os nossos leitores prometeram dar conta dos próximos episódios. E, desde logo: que caldo de cultura está por detrás disto? No mínimo, a incompetência pura e dura, no limite a desvalorização das regras democráticas. Haverá redenção?
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