Ligo a televisão e vejo o
jornalista a destacar que na internet estão publicadas as Nomeações feitas pelo
Governo: o nome, o vencimento ... . Penso cá para mim, mas isso já é publicado no
Diário da República, mas deste modo de facto é mais transparente por ser de
mais fácil acesso e não ter que andar-se à cata no DR, e deve ter mais
informação ... Fui verificar e comparar, e aqui neste post o que encontrei
referenciado à Secretaria de Estado da Cultura. Mas antes, da Nota informativa
sobre a matéria:
«(...)O XIX Governo
Constitucional iniciou hoje, 39 dias após a tomada de posse, a publicitação no
seu site oficial de todas as nomeações para os gabinetes governamentais,
divulgando os nomes dos nomeados, funções, vencimentos brutos e respectivo contacto
electrónico.
II. Este exercício
inédito de transparência na vida democrática portuguesa resulta dos
compromissos eleitorais assumidos pelo Primeiro-Ministro e reflecte uma clara
atitude de mudança.
Mas vejamos então a Secretaria de Estado da
Cultura:
- A relação
das nomeações publicadas no DR, II série, a 28 de Junho de 2011
- A relação
das nomeações publicadas no DR, II série, a 29 de Junho de 2011
- E a informação no Portal do Governo, afinal muito reduzida, como podemos constatar através desta ilustração:
Cargo: Colaboradora/Especialista
Nome: xxxxxxx
Nome: xxxxxxx
Idade: xx Anos
Vencimento mensal bruto: 3.163,27€
Contacto: xxxxxxx@sec.gov.pt
Vencimento mensal bruto: 3.163,27€
Contacto: xxxxxxx@sec.gov.pt
Depois de ponderar tudo o que vi, não posso deixar
de pensar que embora se esteja a ocupar espaço na web em duplicado para dados
idênticos, estamos longe da informação que era suposto ser-nos fornecida sobre
o assunto, e ainda mais longe do conhecimento que certamente o Governo queria
favorecer. E, dito de outra forma, a TRANSPARÊNCIA ainda estrá fusca. Querendo
contribuir-se para que seja luminosa:
- A leitura do que nos é dado ler precisa de ter
subjacente o Decreto-lei n.º 262/88 de 23 de Julho que pode ver aqui que é
sobre a composição dos Gabinetes. Ora, num Gabinete de Secretário de Estado há
o Chefe de Gabinete e o número de Adjuntos não pode ser superior a três. E tem
direito a dois secretários pessoais.
Mas «(...) podem ser chamados a prestar
colaboração aos Gabinetes dos membros do Governo, para realização de estudos,
trabalhos ou missões de carácter eventual ou extraordinário, especialistas,
(...)
E pode ainda recorrer-se a requisições e
destacamentos e a contratos em regime de prestação de serviços.
Os factos: são diversas as colaborações
existentes no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura que não sendo
adjuntos está lá dito que são «equiparados» a Adjuntos no que tem a ver com remuneração. São muitos, são poucos?
Por outro lado, nem no Diário da República nem na
Lista do Portal do Governo, existe qualquer Nota Biográfica nem que actividade vão garantir. E não seria isto o fundamental?
Sem comentários:
Enviar um comentário